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A Bíblia não nomeia explicitamente as duas testemunhas no Livro do Apocalipse (capítulo 11), o que leva a uma variedade de interpretações entre os teólogos. As teorias mais comuns identificam-nos como Moisés e Elias, Enoque e Elias, ou uma representação simbólica da igreja ou das escrituras.
Interpretações proeminentes
Moisés e Elias
Esta é uma visão amplamente apoiada, principalmente devido aos paralelos entre os poderes sobrenaturais das testemunhas e os de Moisés e Elias.
Poderes milagrosos: As testemunhas têm o poder de transformar água em sangue e ferir a terra com pragas, à semelhança das ações de Moisés durante o Êxodo. Podem também reter a chuva, uma capacidade notoriamente demonstrada por Elias.
Relato da transfiguração: Moisés e Elias apareceram com Jesus durante a sua transfiguração, onde discutiram a sua morte e ressurreição, prenunciando o seu ministério no fim dos tempos.
Lei e profetas: Juntos, podem ser vistos como representantes da Lei (Moisés) e dos Profetas (Elias), validando Jesus como o cumprimento do Antigo Testamento.
Enoque e Elias
Alguns dos primeiros Padres da Igreja, incluindo Hipólito de Roma, identificaram as duas testemunhas como Enoque e Elias.
Não experimentaram a morte: O fundamento desta teoria é a crença de que nem Enoque nem Elias morreram alguma vez. O Livro do Génesis diz que Enoque "andou com Deus e não mais existiu", e o Livro dos Reis descreve Elias a ser levado para o céu num carro de fogo. De acordo com esta visão, devem regressar à Terra para experimentar a morte, pois "aos homens está ordenado morrer uma vez" (Hebreus 9:27).
Interpretação simbólica
Outros sugerem que as testemunhas não são indivíduos literais, mas antes representam uma entidade maior.
A Igreja: Esta perspectiva vê as duas testemunhas como um símbolo da igreja fiel, que testemunha por Deus através da sua pregação e martírio. Isto é corroborado pelo facto de Apocalipse chamar às testemunhas "dois candelabros", um símbolo usado em Apocalipse 1:20 para se referir às igrejas.
O Antigo e o Novo Testamento: Outra visão simbólica vê as testemunhas como representantes da Lei e do Evangelho, ou do Antigo e do Novo Testamento. Os seus 1.260 dias de profecia são vistos como o período em que a verdade das Escrituras foi reprimida, culminando numa rejeição pública.
O ministério das Testemunhas em Apocalipse 11
Independentemente da sua identidade exata, o texto bíblico descreve claramente o papel das duas testemunhas:
Duração: Profetizarão durante 1.260 dias (ou três anos e meio) vestindo pano de saco, que simboliza o luto e o arrependimento.
Local: Vão exercer o seu ministério em Jerusalém, na "grande cidade... onde também o nosso Senhor foi crucificado".
Morte e ressurreição: Depois de completarem o seu testemunho, serão mortas pela "besta que sobe do abismo". Os seus corpos ficarão expostos nas ruas durante três dias e meio, enquanto o mundo celebra. Após este período, ressuscitarão e ascenderão ao céu numa nuvem.
https://www.gotquestions.org/two-witnesses.html
Em Apocalipse 11:3-12, há uma descrição de dois indivíduos que ajudarão a realizar a obra de Deus durante a tribulação: “E porei as minhas duas testemunhas, e profetizarão por 1.260 dias, vestidas de pano de saco” (versículo 3). Em nenhum lugar a Bíblia identifica estas duas testemunhas pelo nome, embora as pessoas tenham especulado ao longo dos anos.
As duas testemunhas em Apocalipse terão poderes milagrosos para acompanhar a sua mensagem (Apocalipse 11:6), e ninguém será capaz de as deter na sua obra (versículo 5). No final do seu ministério, quando tiverem dito tudo o que precisavam de dizer, a besta matá-las-á e o mundo perverso rejubilará, permitindo que os corpos dos profetas caídos fiquem nas ruas (versículos 7-10). Três dias e meio depois, porém, as duas testemunhas de Deus serão ressuscitadas e, à vista dos seus inimigos, subirão ao céu (versículos 11-12).
Existem três teorias principais sobre a identidade das duas testemunhas em Apocalipse: (1) Moisés e Elias, (2) Enoque e Elias, e (3) dois crentes desconhecidos que Deus chama para serem Suas testemunhas no fim dos tempos.
(1) Moisés e Elias são vistos como possibilidades para as duas testemunhas devido aos milagres específicos que João diz que as testemunhas vão realizar. As testemunhas terão o poder de transformar água em sangue (Apocalipse 11:6), o que duplica um famoso milagre de Moisés (Êxodo 7). E as testemunhas terão o poder de destruir os seus inimigos com fogo (Apocalipse 11:5), o que corresponde a um acontecimento na vida de Elias (2 Reis 1). Também fortalece esta visão o facto de Moisés e Elias terem aparecido com Jesus na transfiguração (Mateus 17:3-4). Além disso, a tradição judaica prevê o regresso de Moisés e Elias, com base na profecia da vinda de Elias em Malaquias 4:5 e na promessa de Deus de levantar um profeta como Moisés (Deuteronómio 18:15, 18), o que alguns judeus acreditam ser a necessidade do regresso de Moisés.
(2) Enoque e Elias são vistos como possibilidades para as duas testemunhas devido às circunstâncias únicas que rodeiam a sua saída do mundo. Enoque e Elias, tanto quanto sabemos, são os dois únicos indivíduos que Deus levou diretamente para o céu sem experimentar a morte (Génesis 5:23; 2 Reis 2:11). Os defensores desta visão apontam para Hebreus 9:27, que diz que todos os homens estão destinados a morrer uma só vez. O facto de nem Enoque nem Elias terem experimentado a morte parece ainda qualificá-los para o trabalho das duas testemunhas, que serão mortas quando a sua missão estiver concluída. Além disso, tanto Enoque como Elias foram profetas que proferiram o julgamento de Deus (I Reis 17:1; Judas 1:14-15).
(3) Duas incógnitas são vistas como possibilidades para as duas testemunhas devido à falta de especificidade em Apocalipse 11. As Escrituras não identificam as duas testemunhas pelo nome, e nenhuma pessoa conhecida é associada à sua vinda. Deus é perfeitamente capaz de tomar dois crentes "comuns" e capacitá-los para realizarem os mesmos sinais e maravilhas que Moisés e Elias realizaram. Não há nada em Apocalipse 11 que exija que assumamos uma identidade "famosa" para as duas testemunhas.
Há uma passagem interessante em Zacarias 4 que nos dá um protótipo das duas testemunhas do Apocalipse. Zacarias tem uma visão na qual vê um candelabro de ouro maciço. Em cima dele, há uma bacia de azeite, e uma oliveira de cada lado (versículos 3-4). O candelabro emite a sua luz sem necessidade de manutenção humana, sendo constantemente abastecido pelo azeite que flui das árvores para o vaso. A mensagem de Deus a Zacarias foi que a obra de Deus (a reconstrução do templo) seria realizada "não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito" (versículo 6).
Zacarias pergunta sobre o significado das oliveiras e dos ramos que fornecem o azeite, e o anjo que lhe fala diz: "Estes são os dois ungidos que estão diante do Senhor de toda a terra" (Zacarias 4:14, NVI). Por outras palavras, o poder de Deus para sustentar a Sua obra flui através de dois indivíduos separados para a tarefa. No contexto de Zacarias, estes dois indivíduos são Josué (o atual sumo sacerdote) e Zorobabel (o atual governador de Judá). Podemos ver aqui também um prenúncio de Jesus Cristo, pois o Messias combinaria os ofícios de sacerdote e rei. Chegamos então a Apocalipse 11:4. Na descrição das duas testemunhas, João diz: “Elas são ‘as duas oliveiras’ e os dois candelabros, e ‘estão diante do Senhor da terra’”. João cita Zacarias 4. As duas testemunhas do Apocalipse, bem como Josué e Zorobabel, terão o poder de Deus a fluir através delas para realizarem a obra de Deus.
Então, quem são as duas testemunhas do Apocalipse? A Bíblia não diz. Todas as três visões apresentadas acima são interpretações válidas e plausíveis que os cristãos podem ter. A identidade das duas testemunhas não é uma questão sobre a qual os cristãos devam ser dogmáticos.



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