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Tuesday, February 17, 2015

Quando a fé vacila

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by Maria Fountaine

O sofrimento é um elemento quase diário em nossas vidas. Multidões de pessoas, tanto não salvas quanto as crentes enfrentam injustiças terríveis, traumas, doenças graves, etc. E parece que pouco se pode fazer para reduzir tanta agonia e perda.

Às vezes, nossa fé vacila quando alguém está passando por um grande sofrimento. Vemos através de espelho em enigma, não conseguimos discernir muito bem o futuro próximo, que dirá a eternidade. Naquele momento, podemos nos sentir desesperados e desencorajados. Por isso, apegar-se a Jesus nessas ocasiões, em vez de se afastar dEle e culpa-lo pelos problemas, sempre gera grandes recompensas. Nem sempre temos a vantagem de ver as respostas a todas as orações, ou o cumprimento de todas as promessas. Temos de ter fé no que diz respeito ao que não conseguimos ver, pois, como somos limitados pelo tempo, nossa visão se limita a uma pequena parte do quadro. Vemos o sofrimento do momento sem entender por que Deus não intervém. Mas acho que, se víssemos o quadro completo da eternidade e tivéssemos a perspectiva do Senhor, perceberíamos que Deus frequentemente trabalha com um cronograma mais amplo do que gostaríamos.

Quando não entendemos o que está acontecendo e nada faz sentido, alguns elementos que podem nos ajudar a transpor esses períodos são: a Palavra, a oração, o louvor, o relacionamento pessoal com o Senhor, as chaves do Reino, ouvir o Senhor em profecia, contar com colaboradores espirituais e reconhecer tudo o que Deus fez por nós e pelos outros.

A fé não se esquiva das circunstâncias dolorosas ou erradas, sabe que Jesus está presente mesmo na pior e mais triste situação. Fé é escolher acreditar independentemente do grau de maldade no mundo. Um dia, nesta vida ou na próxima, nós que amamos Jesus veremos o resultado positivo prometido pelo Senhor.

Consultei o Senhor, e Lhe disse: “Você é o único que tem a resposta para essas situações que nos deixam perplexos”. Ele me falou que, quando dirige nossa atenção para uma ou mais pessoas passando por uma situação em que parece que Ele falhou, deseja que vejamos com Ele o que nós podemos fazer. Se permitiu o nosso contato — físico ou em pensamento — com a pessoa, ou de alguma forma chamou a nossa atenção para ela, então Ele não falhou nem a desamparou. Somos Seus representantes incumbidos de fazer o possível para contribuir para o cuidado e bem estar dessa pessoa.

Nós podemos ser o cumprimento da Sua promessa naquele momento, participando por meio da oração ou do que Ele nos mostrar para fazer, quer muita coisa, quer pouca. Podemos ser parte da solução.

Por isso, quando achar que o sofrimento de outros vai abalar sua fé e confiança, talvez Jesus queira que veja como pode ajudar. Então, Ele poderá continuar aproximando essas pessoas de Si, além de acrescentar bênçãos a você por seguir a Sua orientação.

Enviei essa mensagem para alguém que estava tendo dificuldade em entender por que as pessoas que ela conhecia passavam por persistentes dificuldades, perdas e sofrimento. A seguir a resposta que me enviou:

“Muito obrigada por sua carta. Concordo completamente com tudo o que você disse. Sou parte da solução que Deus oferece para essa injustiça que parte o meu coração. Muitas coisas nessa situação têm mexido comigo desde que lhe escrevi. Comecei a ler os livros de Philip Yancey que tratam especificamente dessas questões e faz perguntas difíceis, e depois disso, tudo o que eu lia na Bíblia parecia se relacionar diretamente com a questão de ‘onde está Deus quando sofremos’, ou ‘será que a oração realmente funciona?’.

“A lição principal que aprendi é NÃO evitar ver o sofrimento, mas sim sentir a dor, chorar, deixar meu coração sentir repetidas vezes, deixar fluir a raiva que sinto mas NÃO ficar remoendo esse sentimento ou me acomodar com a tristeza, avançar, tomar uma atitude, orar e/ou me envolver.

“No momento, acho que a tendência de muitos é interiorizar a tristeza ou raiva por tudo o que está acontecendo neste mundo tão fragmentado. Foi o que fiz por anos. Mas agora entendo que o Senhor quer que passemospor isso e sigamos adiante, usando a situação como trampolim para efetuarmos mudança. Não é possível ser eficaz nutrindo sentimentos de tristeza e ira. Devemos nos imbuir do amor, do amor divino.

“Há 16 anos, quando eu estava na Palestina, fiquei muito sensibilizada com a situação do povo. Era doloroso ver a história de injustiça, sofrimento e horrores se repetir ano após ano, a ponto de que parei de ler a respeito. Eu não queria tomar conhecimento da situação, queria evitar a dor e as dúvidas. Mas vejo claramente que não foi a melhor reação. Acredito que o Senhor deseja que encaremos o sofrimento, que o sintamos, que sejamos solidários com os outros, que nos mantenhamos sensíveis, acessíveis, continuemos a chorar e, então, façamos algo a respeito da situação.”

Eu gostaria de compartilhar um testemunho que essa pessoa me enviou junto com a resposta acima, pois demonstra com beleza o que é alcançar um entendimento mais profundo das coisas. Ela não só recebeu a mensagem e cresceu a partir disso, o que eu tenho certeza muito agradou ao Senhor, mas também começou a agir em prol dos outros, colocando em prática o que tinha aprendido. Se por um lado este testemunho é de partir o coração, por outro é um exemplo maravilhoso de ser uma luz nas mais densas trevas.

Ela escreveu:

“Este é um breve testemunho da minha primeira e recente visita a um presídio masculino na Cidade do México. Está relacionado a ter empatia com a situação para poder ser um duto do amor do Senhor.

“Ontem realizamos o primeiro programa na penitenciária mais perigosa na Cidade do México. Os detentos aqui não têm mais direito de apelação, nem para serem transferidos para outro presídio. Ali não lhes resta nada a fazer a não ser viver o dia a dia enquanto cumprem a sua pena. Estes são os piores criminosos, os que não podiam ser controlados em nenhum outro lugar. O tempo de detenção médio ao qual estão condenados é 30 anos, e 98% da população carcerária é composta de pessoas pobres, muito pobres. Mais de 50% não recebe visitas, o que se traduz em não terem um tostão e precisarem recorrer a diferentes maneiras para ganhar algum recurso para conseguirem sobreviver (porque os presos precisam comprar suas necessidades).

“Logo ao entrar, deparo-me com uma multidão de homens magricelos vestindo roupas velhas e sujas de cor azul-marinho. Seus rostos chupados refletem um semblante triste e um olhar angustiante. Um odor pútrido de lixo e esgoto domina o ambiente. É o odor da angústia e do desespero.

“No corredor principal estão lojinhas onde são vendidas peças de artesanato, alimentos e outros produtos, tudo dirigido pelos presidiários. É ali que os visitantes compram os produtos que precisam. Muitos homens ficam encostados contra a parede sozinhos, com um olhar vazio, vendo o tempo passar, tristes e deprimidos. Outros oferecem ajuda para carregar os pacotes, para fazerem alguma atividade, sentirem-se úteis, terem um senso de pertencimento e, talvez, ganharem um trocado. Mas a angústia ali é prevalente.

“Alguns vivem momentos agridoces com a visita de familiares. As instalações são velhas e sujas; a pintura está descascando, e o equipamento é muito gasto. Esses detentos vivem em um universo sombrio onde prevalecem o preto, o cinza e o azul-marinho.

“Chegamos e o auditório já estava pronto para o show de fantoches. Montamos um display com livros e lápis de cera para as crianças, e começamos a apresentação. Além das 50 crianças ali visitando os pais na companhia de suas mães, também estavam presentes diversos prisioneiros solitários que não recebem atenção alguma. Aos poucos se abriram e voltaram a ser crianças, desfrutando do momento e se esquecendo da realidade durante a nossa visita. No final, distribuímos os livros e muitos vieram nos pedir algo para darem a um sobrinho, neto, ou membro da família.

“Saímos dali sentindo que falta algo. O que fizemos parece muito pouco em comparação com a necessidade. Mas valeu a pena, e temos o consolo de termos dividido momentos de alegria, amor e riso com aquelas pessoas.”

É doloroso ver um sofrimento tão real. Ficamos frustrados porque nada que façamos fisicamente será o suficiente para endireitar o mundo. Vai ser preciso forças que não temos e uma sabedoria muito além nossa capacidade de sequer entender. Vai ser necessário um amor muito maior que o nosso, mais desvelo do que o que temos e muito mais vida do que possuímos.

Só o Deus onipotente, amoroso e sábio poderá restaurar o íntimo de cada pessoa que passou por tanto sofrimento, perdas e situações terríveis. Vai levar tempo, inclusive parte da eternidade. Por isso, temos de nos apegarmos a Ele, pois é a obra que Ele está realizando, um coração de cada vez.

Enquanto isso, fazemos parte da resposta, do cumprimento da Sua promessa naquele momento, pois podemos preencher a lacuna por meio da oração ou da maneira que Ele nos indicar, mesmo que pareça muito pouco.

Esta é minha reação ao depoimento que me escreveu sobre o trabalho no presídio:

“Minha querida, fiquei impressionada e comovida com o seu testemunho. É bastante difícil lidar com esse tipo de sofrimento, trauma, angústia e desespero a partir da perspectiva terrena. A única coisa que pode nos ajudar é agir como você. Você fez o que Jesus lhe mostrou e o que estava ao seu alcance. Na verdade, foi a melhor coisa que poderia ter feito! Foi magnífico.

“Depois de ler o seu testemunho, passei um tempo com Jesus, pois era a única coisa que eu podia fazer, e a mais importante! Orei especificamente para que algo que você e o seu grupo fizeram ou disseram, tocasse aqueles corações empedernidos e frios, e que, por meio do Seu amor e poder, Jesus abrisse uma fresta para verem que Ele é real, que os ama e que Se importa. Para que, por meio da sua obediência, amor, e demonstração do Espírito de Deus, Ele chegasse ao coração das pessoas presentes e iniciasse uma transformação em suas vidas que resultasse em se tornarem novas criaturas na fé. Vale a pena mesmo que apenas uma pessoa seja resgatada e liberta de uma vida infernal e passe a ter esperança no Céu. Orei para que haja um efeito em cascata capaz de influenciar muitas vidas.

“Se eu fosse falar com alguém que estivesse passando por uma grande dor que provavelmente perduraria por toda a sua vida, eu diria algo como:

‘Aguente firme sabendo que você tem um Deus que o ama e um Pai no Céu que Se importa com você. Se conseguir abrir o coração e aceitar que Ele o ama, essa dor e vida de sofrimento se transformarão em algo lindo no final. Você será liberto, e se sentirá vivo e feliz na presença de Deus. Aceite Seu amor e perdão, sabendo que Deus é grandioso e pode fazer qualquer coisa, inclusive perdoar você e os que lhe fizeram mal. O fato de você ter um Pai celestial que o ama, lhe dá a perspectiva de um futuro maravilhoso. Isso se aplica a você não importa o seu antigo tipo de vida, a luta até agora, ou tudo de ruim pelo qual passou.’

“A história do ladrão na cruz com Jesus é algo maravilhoso para compartilhar com aqueles que viveram no crime, na violência, no desespero e angústia, na brutalidade e em situações terríveis. A centelha de esperança se acendeu quando o ladrão ouviu Jesus lhe perdoar. A esperança nasceu no seu coração e ele teve a fé de dizer: ‘Lembre-se de mim quando chegar ao seu Reino.’ E Jesus lhe respondeu: ‘Hoje você estará comigo no Paraíso.’[1]

“Muito obrigada por fazer tudo ao seu alcance e deixar Jesus fazer o resto. Muito obrigada por se entregar a Ele e deixar Ele carregar os fardos. Vai valer a pena.”

[1] Lucas 23:43 RC.

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