by Peter Amsterdam
O inÃcio de um novo ano é um tempo tão interessante —eu vejo isso como o encontro entre o passado e o futuro. É quando, muitas vezes, pensamos em nossas experiências do ano que está acabando e vislumbrando o que o ano novo vai nos trazer. Pode ser encorajador ver os desafios superados, as vitórias conquistadas, os progressos conseguidos, os compromissos cumpridos e as bênçãos que tivemos ao longo do ano. É também um bom momento para avaliar áreas em que esperávamos avançar, mas não atingimos completamente nossas aspirações. Talvez houve tempos difÃceis e dificuldades, ou até falhas grosseiras, que vivenciamos e com as quais aprendemos.
Louvor e relaxamento
Antes de a porta no ano passado se fechar, parei para olhar para o que o ano tinha trazido para minha vida. Como expliquei em meados do ano passado, no artigo “Reflexões Pessoais sobre o Primeiro Semestre de 2013“, comecei a manter um diário de louvor — um registro das orações respondidas e das vezes em que o Senhor trouxe coisas boas e bênçãos no meu caminho. Mantive o diário nos últimos nove meses e estou tão feliz que o fiz, pois ler no fim do ano o que nele escrevi me fez lembrar de alguns momentos muito especiais que vivenciei, assim como as inúmeras pequenas “coincidências” que tornaram minha vida mais agradável e produtiva. Isso me fez louvar o Senhor mais uma vez pelas maravilhosas respostas à oração, pelas manifestações de Seu amor por mim, por Maria, Suas bênçãos sobre nós e sobre os outros durante todo o ano passado.
Esses registros me lembraram de acontecimentos que, se não os tivesse anotado, certamente os teria esquecido. O compromisso de manter o diário foi um investimento de tempo e esforço que trouxe importantes retornos, como a felicidade de lembrar quanto e quantas vezes o Senhor se envolveu tão obviamente na minha vida no ano passado, principalmente em pequenas coisas, sÃmbolos do Seu amor que me trouxeram alegria e fizeram a diferença no tipo de ano que tive. Manter o esses registros foi valioso.
Perto do meio do ano passado, o Senhor me lembrou da importância de “cheirar as rosas”, isto é, intencionalmente fazer coisas que combatem o estresse. Ensinou-me mais uma vez como é importante pôr de lado as preocupações, inquietações e as urgências do trabalho, para desfrutar o lugar em que vivo —relaxar de vez em quando sem me sentir culpado por isso. Por isso, em que algumas das viagens que fiz no segundo semestre de 2013, fiz questão de passar um dia ou dois, depois das reuniões das quais participei, para desfrutar o fato de eu estar em um lugar diferente, sorver um pouco da atmosfera local, suas imagens, sons e sabores. Aproveitar a oportunidade de passar um dia ou dois visitando lugares com velhos amigos ou fazendo amizades me proporcionou experiências refrescantes e enriquecedoras que alimentaram-me a alma.
Saúde e dieta
Fiz um exame fÃsico completo no inÃcio do ano passado, como comentei no artigo “Reflexões pessoais“. Passaram-se alguns anos desde o último quando o médico me advertira que, por causa da minha idade, era melhor fazer esses exames anualmente. Depois de uma semana de todos me mandando ir ao médico, coleta de sangue para exame e a tudo que envolve um exame completo, fui buscar os resultados. A médica, uma mulher muito bonita que Maria e eu estamos conhecendo melhor, analisou todos os resultados do teste comigo. Fiquei muito aliviado quando ela me disse que eu estava indo muito bem, que a única coisa que eu precisava era um ajuste na relação entre o colesterol bom e o ruim, e que prescreveria uma medicação para isso.
Não me importo de tomar remédios quando é mesmo necessário, mas preferia não tomar a medicação que ela estava sugerindo. Perguntei se eu poderia mudar minhas taxas de colesterol de alguma outra forma. Ela disse que sim, se mudasse meus hábitos alimentares, mas não demonstrou muita esperança, pois, tenho certeza, ao longo dos anos, muitos pacientes lhe fizeram a mesma pergunta, mas não tiveram a disciplina para efetivar as mudanças e, no final, tiveram de tomar os remédios. Ela sugeriu que eu voltasse em três meses para ver se houve progresso ou se eu precisaria tomar a medicação. Concordei.
A médica enfatizou que eu precisava não apenas reduzir o consumo de alimentos que produzem resultados negativos, mas também passar a comer mais os alimentos que ajudam a criar resultados positivos. Fiz algumas alterações na minha dieta de acordo com suas sugestões, apesar de isso significar tirar do meu cardápio algumas das minhas comidas favoritas (como queijo, manteiga e creme de leite), e incluir outras, que até então não faziam parte da minha dieta (como passar a comer granola com algumas nozes e leite de arroz, no café da manhã). À marca de três meses, depois outro exame de sangue, fui à médica para ouvir o veredicto. Analisou os resultados, olhou para mim e, um tanto surpresa, anunciou: “Parabéns! Você conseguiu!” Meus dois nÃveis de colesterol tinham mudado, o bom agora estava mais alto e o mal, mais baixo. Ela me elogiou várias vezes, explicando que quase nenhum de seus pacientes conseguira evitar a medicação. Uma simples mudança de dieta pode não funcionar para todos, mas funcionou para mim. Fiquei muito feliz com os resultados e fiz o compromisso de manter meus novos hábitos alimentares.
Para melhorar minhas taxas de colesterol, não bastou evitar o negativo, mas tive de adotar o positivo. Parei para pensar no interessante paralelo com o que precisamos fazer para manter um relacionamento saudável com o Senhor. Um relacionamento forte requer que se evitem coisas negativas e, ao mesmo tempo, exige que nos dediquemos às positivas, tais como oração, louvor e a leitura regular da Palavra de Deus.
Compromissos espirituais
Em consonância com o conceito de buscar ações espirituais positivas, em breve será publicada no Espaço dos Diretores uma nova série de artigos sobre Disciplina Espiritual. Oro que essas publicações os ajudem em sua caminhada com o Senhor e acredito que é isso o que acontecerá, se você se comprometerem a algumas das práticas sugeridas nesses artigos.
O ano-novo é, afinal, um momento para fazermos resoluções, ou compromissos para o próximo ano. Comprometer-se em experimentar alguns desses hábitos espirituais, manter um diário de louvor e ajustar minha dieta por causa da minha saúde tem me ajudado a ter mais convicção para fazer e manter compromissos que trarão progressos e melhorias à minha vida.
Recentemente, estive pensando e orando sobre compromissos quero assumir para o novo ano. Cheguei à conclusão de que devem ser mais especÃficos no que diz respeito sobre minha relação com o Senhor, minha fé, meu discipulado e a incumbência de levá-lO aos outros.
Parece que com o corre-corre da vida, a necessidade de fazer tudo que tem de ser feito, é muito fácil deixar nosso relacionamento com o Senhor relegado a uma posição de menor importância, a menos que nos comprometamos a manter Deus em primeiro lugar. Tudo que é importante na vida requer tempo e recursos, e quando nossas vidas se tornam tão ocupadas, o tempo e recursos que dedicamos à nossa fé, ao Senhor e à missão podem facilmente diminuir. Quando vemos, estamos orando muito pouco e lendo Sua palavra ainda menos. Devido à escassez de tempo para fazer todas as coisas que precisam ser feitas, é fácil colocar o relacionamento com Deus em um nÃvel de menor importância.
Também é fácil nos desculparmos por negligenciar a missão. “A vida é ocupada demais” “Estou me concentrando nos meus estudos, no meu trabalho, nos meus filhos, na minha vida.” Esta manhã, eu estava lendo o Evangelho segundo Lucas e me chamou a atenção o versÃculo Lucas 10:2: “Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara.”
Em suma, o versÃculo nos fala que existem muitas pessoas que precisam de salvação e que a receberiam, mas não há suficientes trabalhadores para falar com todas. Somos instruÃdos a pedir a Deus que envie mais trabalhadores. Não só devemos orar por isso, mas devemos traduzir essas orações em ações, comprometendo-nos a participar em qualquer medida possÃvel para fazer a diferença na vida de quem o Senhor trouxer em nosso caminho. Mas é claro, para isso, é necessário que assumamos um compromisso.
Abriu-se a porta do ano novo. Enquanto você pensa nas resoluções ou compromissos que vai fazer para o ano, certamente vai considerar e oração a respeito dos compromissos que deve fazer no que diz respeito ao seu relacionamento com Jesus, sua participação na missão, sua vida de oração, seu serviço e as doações financeiras que deve fazer. Estes provavelmente não serão os únicos compromissos que você fará, mas é possÃvel que sejam os mais importantes. Sustentar nossas famÃlias, criar e educar filhos e cuidar de nossas necessidades diárias são responsabilidades vitais e fazem parte do que constrói um futuro e um mundo melhor. Ainda somos lembrados do que Jesus disse a seus seguidores: “Buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”[1]
Comprometermo-nos com nosso relacionamento com Deus, com a missão e com viver nossos valores centrais fundamentados em Seus ensinamentos pode e vai fazer a diferença no nosso dia-a-dia nesta vida e na outra também. Os resultados desses compromissos vão nos tornar mais semelhantes a Cristo em nossas interações com os outros e uma bênção maior para as nossas famÃlias, amigos e entes queridos — indivÃduos melhores, seres humanos mais saudáveis espiritualmente. E esse é um compromisso que vale a pena!
Maria e eu oramos para que você tenha um novo ano abençoado e próspero
[1] Mateus 6:33.
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