Carla tinha dois anos e oito meses quando notamos pela primeira vez sua dificuldade de apoiar-se no pé esquerdo.
No início era quase imperceptível, mas, com o tempo, foi piorando. Quando nem o pediatra nem o ortopedista conseguiram diagnosticar o problema, pediram uma tomografia.
Os resultados do exame e o prognóstico foram devastadores: três tumores malignos no cérebro — de um tipo muito agressivo chamado meduloblastoma — que, no caso dela, já se encontrava no quarto e último estágio, e atingira a medula óssea em várias partes do corpo. Os médicos nos disseram para não desanimarmos, mas também para nos prepararmos para o pior, pois se tratava de um câncer que avança rapidamente nas crianças. O nosso mundo desmoronou.
Carla foi internada para uma cirurgia de emergência para a remoção dos tumores, sob o risco de entrar em coma a qualquer momento. A cirurgia durou sete horas e não foi bem. Conseguiram retirar apenas o tumor maior. Quanto tempo Carla ainda permaneceria connosco? — Perguntávamo-nos.
Os médicos sugeriram o uso quimioterapia para retardar o crescimento inevitável dos tumores que ficaram, e dar mais algum tempo à nossa pequena.
Mostramos os resultados dos exames para outros especialistas que confirmaram esse tratamento como único recurso disponível.
Nos doze meses que se seguiram, marcados por lutas diárias pela sobrevivência de Carla, tivemos de lidar com os muitos efeitos colaterais da quimioterapia e das cirurgias às quais foi submetida. Com o tempo, o avanço do câncer perdeu força e os tratamentos foram suspensos, mas passados seis meses, um dos tumores voltou a crescer rapidamente e Carla foi novamente operada às pressas. Conter a doença estava se tornando cada vez mais difícil.
As condições de nossa filha pioravam continuamente e os médicos não nos davam nenhuma esperança. Precisávamos um milagre de Deus, como os que, ouvíramos falar, outros receberam quando a medicina não oferecia mais recursos. Que maravilhoso seria, confidenciávamos entre nós, se Deus fizesse uma maravilha assim por Carla! Por um ano e meio imploramos a Deus que a curasse, mas não nos atendeu. Por quê? O que estaríamos fazendo de errado? Tínhamos de descobrir!
Começamos a estudar a Bíblia e alguns materiais impressos e de áudio que recebêramos de um missionário Crista, e, quanto mais estudávamos, maior se tornava nossa fé. Vínhamos orando, mas não em plena fé, verdadeiramente contando com a resposta. Era por isso que nossas orações não alcançavam os resultados desejados! Acreditávamos em Jesus desde a infância, mas sempre O víramos distante e separado de nosso mundo atual e seus problemas. Mas conforme pesquisamos a Sua Palavra, começamos a perceber que Jesus está verdadeiramente vivo e atuante nos dias de hoje
Nossas buscas nos levaram a outras promessas: “Para vós, que temeis o Meu Nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação [cura, em algumas traduções] debaixo das suas asas.” (Malaquias 4:2) “Para os homens isto é impossível, mas para Deus tudo é possível.” (Mateus 19:26)
Estava claro que Deus era capaz de fazer o que a medicina não podia, mas como nos beneficiarmos da Sua ajuda? Mais uma vez encontramos a resposta na Palavra: “Se tu podes [crer], tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9:23) “Se alguém disser a este monte: ‘Ergue-te e lança-te ao mar’, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará o que diz, lhe será feito. Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que recebestes, e será vosso.” (Marcos 11:23 –24)
Memorizamos Suas promessas e a elas nos apegávamos com tudo que tínhamos quando orávamos. “Se permanecerdes em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.” (João 15:7)
Entregamos nossa filha nas mãos do Senhor para que cuidasse dela como somente Ele pode. Falamos com Ele sobre tudo, pedimos-Lhe que os tratamentos dessem certo e O consultávamos diante das difíceis decisões que todos os dias tínhamos de tomar. Sabíamos que os resultados estavam totalmente em Suas mãos.
Tão logo confiamos nossa filha a Jesus e nos entregamos totalmente à Sua vontade, a condição física de Carla passou a melhorar e os efeitos pós-operatórios da última cirurgia — infeções e febres — começaram a ceder.
Deus cuidou de cada aspeto da sua vida durante os quatro anos seguintes, quando outra tomografia revelou que os tumores haviam desaparecido. O câncer fora derrotado!
A única explicação que os médicos puderam dar foi que “a doença se comportara atipicamente,” mas sabemos que Deus interviera em reação às nossas orações desesperadas. “Buscar-Me-eis, e Me achareis, quando Me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13)
Hoje, catorze anos após o início da nossa angústia, Carla é uma jovem abençoada, feliz, saudável e dona de uma fé do tamanho do mundo.
Sem dúvida, foi o tempo mais difícil de nossas vidas, mas nos ensinou que existe um Deus vivo e todo-poderoso, para Quem não há impossibilidades. Ele está sempre pronto para agir a favor dos que nEle confiam e entendem que foi para eles que Deus fez Suas promessas: “Se tu podes [crer] Tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9:23).
Para mais informações TM. 915016534/TF.253987451
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