Elsa Sichrovsky
Tenho lido o romance de C. S. Lewis Cartas de um Diabo a seu aprendiz, que narra uma correspondência fictÃcia entre um demônio sênior chamado Fitafuso e um diabo júnior chamado Vermebile. Adquiri com essas cartas um entendimento fascinante das estratégias de Satanás para sabotar o meu crescimento espiritual, meu relacionamento com Deus, e minhas interações com os outros. Uma das cartas explora os altos e baixos da experiência humana, o que eu chamo de "picos e vales".
Nesta carta, Fitafuso discute o perÃodo de "seca e apatia" pelo qual a vÃtima de Vermebile está passando. Fitafuso lamenta que Deus pretenda usar esse tempo para fortalecer a determinação do jovem para amá-lO e segui-lO, mesmo sem inspirar sentimentos para validar Sua presença. Fitafuso pede a Vermebile que garanta que o jovem não vai se conscientizar da normalidade dos vales, mas que fique convencido de que aquela sensação arrastada de depressão é uma condição permanente. Enquanto eu lia, refleti no meu ciclo de picos e vales pessoal, e sobre o que tenho aprendido com os meus vales.
Eu com certeza tenho desfrutado dos “picos” na minha vida: perÃodos de sucesso no meu trabalho, progresso nos estudos, camaradagem com familiares e amigos, ótima saúde, alegre comunhão com Jesus e leitura inspiradora da BÃblia. Mas também tenho passado por “vales” tais como aquele com o qual tive dificuldade recentemente. Comecei com um grande revés no meu trabalho, seguido de problemas nos meus estudos, conflitos e comunicação desgastada com meus amados, e finalmente fiquei doente. Eu me vi no fundo do poço, com nenhuma inspiração para ler a minha BÃblia ou até mesmo orar.
O meu vale parecia não ter fim, e me engolia num vazio escuro e me cobria em desespero. Senti como se Deus tivesse feito as malas e desaparecido. Eu roguei para Ele estar próximo, me ajudar a passar pelos meus problemas e me permitir sentir a Sua presença, mas Ele parecia distante e silencioso. O que está acontecendo? O que fiz de errado? Ponderei desesperadamente.
Tentei usar força de vontade e esforço para recriar a emoção e inspiração espiritual da qual desfrutei nos meus picos, mas isso só me deixou exausta e ainda mais desencorajada. Finalmente me ocorreu que fé não pode ser medida por sentimentos, como Paulo diz, “Vivemos por fé, e não pelo que vemos.”[1]
Ler Cartas de um Diabo a seu aprendiz confirmou o que eu tinha descoberto no meu vale. Descobri que o segredo era entender que eu estava passando por um vale e que é comum a todos passar por vales. Minhas dificuldades não eram indicadores de que eu havia falhado a Deus ou que Ele havia me abandonado. Em vez disso, são partes dolorosas contudo normais da experiência humana em um mundo caÃdo. Eu sentira como se fosse permanecer naquele triste estado para sempre, mas descobri que todos os vales têm um fim, no tempo de Deus, e emergi com fé renovada na Sua graça e amor.
Deus usou o meu vale para desenvolver o meu caráter e aprofundar a minha fé, fazer com que eu fosse mais capaz de passar pelos tumultos da vida sem ser lançada de uma para outra parte. Tal como Fitafuso explico, “[Deus] quer que aprendamos a andar e tem, portanto, que retirar a Sua mão; e se houver verdadeiramente disposição de andar, Ele fica feliz com seus tropeços.” Deus nos aceita no ponto em que estamos, nos ama pelos nossos débeis esforços, e nunca nos abandona. Muitas vezes quando nos sentimos mais longe dEle, é justo quando Ele está mais próximo de nós.
Tradução Denise Oliveira. Revisão H.R.Flandoli.
[1] 2 CorÃntios 5:7 NVI.
Tenho lido o romance de C. S. Lewis Cartas de um Diabo a seu aprendiz, que narra uma correspondência fictÃcia entre um demônio sênior chamado Fitafuso e um diabo júnior chamado Vermebile. Adquiri com essas cartas um entendimento fascinante das estratégias de Satanás para sabotar o meu crescimento espiritual, meu relacionamento com Deus, e minhas interações com os outros. Uma das cartas explora os altos e baixos da experiência humana, o que eu chamo de "picos e vales".
Nesta carta, Fitafuso discute o perÃodo de "seca e apatia" pelo qual a vÃtima de Vermebile está passando. Fitafuso lamenta que Deus pretenda usar esse tempo para fortalecer a determinação do jovem para amá-lO e segui-lO, mesmo sem inspirar sentimentos para validar Sua presença. Fitafuso pede a Vermebile que garanta que o jovem não vai se conscientizar da normalidade dos vales, mas que fique convencido de que aquela sensação arrastada de depressão é uma condição permanente. Enquanto eu lia, refleti no meu ciclo de picos e vales pessoal, e sobre o que tenho aprendido com os meus vales.
Eu com certeza tenho desfrutado dos “picos” na minha vida: perÃodos de sucesso no meu trabalho, progresso nos estudos, camaradagem com familiares e amigos, ótima saúde, alegre comunhão com Jesus e leitura inspiradora da BÃblia. Mas também tenho passado por “vales” tais como aquele com o qual tive dificuldade recentemente. Comecei com um grande revés no meu trabalho, seguido de problemas nos meus estudos, conflitos e comunicação desgastada com meus amados, e finalmente fiquei doente. Eu me vi no fundo do poço, com nenhuma inspiração para ler a minha BÃblia ou até mesmo orar.
O meu vale parecia não ter fim, e me engolia num vazio escuro e me cobria em desespero. Senti como se Deus tivesse feito as malas e desaparecido. Eu roguei para Ele estar próximo, me ajudar a passar pelos meus problemas e me permitir sentir a Sua presença, mas Ele parecia distante e silencioso. O que está acontecendo? O que fiz de errado? Ponderei desesperadamente.
Tentei usar força de vontade e esforço para recriar a emoção e inspiração espiritual da qual desfrutei nos meus picos, mas isso só me deixou exausta e ainda mais desencorajada. Finalmente me ocorreu que fé não pode ser medida por sentimentos, como Paulo diz, “Vivemos por fé, e não pelo que vemos.”[1]
Ler Cartas de um Diabo a seu aprendiz confirmou o que eu tinha descoberto no meu vale. Descobri que o segredo era entender que eu estava passando por um vale e que é comum a todos passar por vales. Minhas dificuldades não eram indicadores de que eu havia falhado a Deus ou que Ele havia me abandonado. Em vez disso, são partes dolorosas contudo normais da experiência humana em um mundo caÃdo. Eu sentira como se fosse permanecer naquele triste estado para sempre, mas descobri que todos os vales têm um fim, no tempo de Deus, e emergi com fé renovada na Sua graça e amor.
Deus usou o meu vale para desenvolver o meu caráter e aprofundar a minha fé, fazer com que eu fosse mais capaz de passar pelos tumultos da vida sem ser lançada de uma para outra parte. Tal como Fitafuso explico, “[Deus] quer que aprendamos a andar e tem, portanto, que retirar a Sua mão; e se houver verdadeiramente disposição de andar, Ele fica feliz com seus tropeços.” Deus nos aceita no ponto em que estamos, nos ama pelos nossos débeis esforços, e nunca nos abandona. Muitas vezes quando nos sentimos mais longe dEle, é justo quando Ele está mais próximo de nós.
Tradução Denise Oliveira. Revisão H.R.Flandoli.
[1] 2 CorÃntios 5:7 NVI.
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