Natal… Que época maravilhosa do ano! Sempre me deixa muito feliz, porque conforme o Natal se aproxima, as pessoas tendem a valorizar mais as outras. Ficam mais atentas à importância da família, dos amigos, costumam ser mais generosas, dispostas a ajudar os pobres e os necessitados. Em geral, prevalece uma atmosfera de amor nessa época do ano e eu adoro isso!
Uma coisa em particular que me atrai nesse período é que as pessoas parecem mais receptivas para ouvir sobre Jesus. Isso é maravilhoso, pois nos dá maiores oportunidades para falar com os demais sobre Seu amor e Sua mensagem.
Nos últimos dias, tenho meditado na importância do Natal e na maravilha que é esse dia. Celebra o nascimento mais importante na história da humanidade, quando, por intermédio de Jesus, o Deus Filho entrou fisicamente no mundo como Deus e homem. Em nenhum outro momento da história nasceu alguém de tal forma singular.
Naquele grande dia, um anjo surgiu para anunciar Seu nascimento aos pastores que cuidavam das ovelhas à noite. Naquele momento, a glória do Senhor brilhou em volta daqueles homens, que, assustados, foram consolados pelo ser angélico, que lhes disse: “Não temais. Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo. Na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.”[1] Depois de comunicar o nascimento do Salvador, surgiu subitamente uma hoste celestial que, louvando a Deus, dizia: “Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens, a quem Ele quer bem!”[2]
Pensava nas palavras do anjo, quando me lembrei de outro acontecimento, também relacionado ao nascimento de Jesus. Como Ele era o primeiro filho de Maria, deveria, conforme determinava a Lei Mosaica, ser apresentado para purificação. Quando José e Maria O levaram ao templo para esse propósito, estava ali um homem já idoso, chamado Simeão. “Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito foi ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para com Ele procederem segundo o que a Lei ordenava, ele O tomou nos braços, e louvou a Deus, dizendo: ‘Agora, Senhor, despede em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra, pois os meus olhos já viram a Tua salvação, a qual preparaste perante a face de todos os povos, luz para iluminar os gentios, e para glória do Teu povo Israel.’”[3]
Foram duas proclamações. Uma foi feita pelo anjo: “Trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo”; e a outra por Simeão: “Meus olhos já viram a Tua salvação, a qual preparaste perante a face de todos os povos”. Ambas expressam a importância e o propósito do nascimento do Filho de Deus. Os dois anúncios nos dizem que Jesus veio à Terra para a salvação de todos que nEle crerem, judeus ou gentios..[4] A salvação, ambos apregoaram, é disponibilizada a todos por intermédio de Jesus.
O nascimento de Jesus, Sua vinda à Terra, Ele se tornar humano, tudo estava relacionado à salvação da humanidade. Seu nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão estavam relacionados à salvação — à sua, à minha e à de todos.
A mensagem do Natal é a de João 3:16, e eu acrescentaria o versículo 17: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele”.
Todo aquele que crê. —Para que o mundo fosse salvo por Ele. A salvação está disponível a todos. É da dádiva que em Jesus Deus oferece a todos nós — é o presente de Natal de Deus para a humanidade.
Deus concedeu essa dádiva e é nossa incumbência, enquanto cristãos, ajudar a entregá-la. Usando a terminologia natalina, seríamos um tipo de Papai Noel — alguém que entrega o presente. Isso me lembra do que disse o apóstolo Paulo: “Porque ‘todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.’ Como, pois, invocarão aquele em Quem não creram? E como crerão nAquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”[5]
Como ficarão sabendo do presente de Natal que tudo transforma e lhes está disponível? Como ouvirão a seu respeito? Quem lhes falará? Quem será o Papai Noel, que lhes dará a dádiva mais valiosa já oferecida, a vida eterna? A resposta é, todos nós, cristãos. Somos os pregadores, os mensageiros e, no Natal, temos a função de Papai Noel, distribuindo presentes.
Ele deixou a glória do Céu para vir para a Terra com o propósito de tornar a salvação disponível para todos. Pagou o preço para que pudéssemos livremente receber Sua dádiva e, de fato, a recebemos. Temos as riquezas da vida eterna. Há os que não as têm. É uma alegria ter o privilégio de distribuir essas riquezas, a melhor dádiva que existe. Sem dúvida, isso tem um preço. Consome tempo. Exige esforço puxar conversa com um estranho, ser mais profundo com os amigos ou colegas de trabalho, associar-se a outros membros para ensaiar, preparar uma apresentação de Natal, participar de algum evento de testificação, solicitar contribuições, arrecadar alimentos, brinquedos ou outros itens para os necessitados.
Fazemos esses esforços para podermos oferecer o presente, porque Ele, que é O Presente, nos pede. Nós O amamos. Nós O servimos. Nós O seguimos. Ele veio para a salvação do mundo e, por sermos Seus discípulos, temos parte em divulgar isso aos demais. Não apenas temos a alegria da salvação, mas temos a satisfação adicional de participar da salvação dos outros. Essa é a bênção do discipulado. Gosto muito que nessa época do ano temos a oportunidade de nos fazer de Papai Noel.
Todo esforço, pequeno ou grande, para dividir com as pessoas o maior presente de Deus —Jesus— é importante, porque torna possível que alguém O conheça. É algo lindo compartilhar essa dádiva com os outros. “Quão formosos são os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!”[6]
Publicado originalmente em dezembro de 2010. Editado e republicado em dezembro de 2013. Tradução Hebe Rondon Flandoli e Denise Oliveira. Revisão Hebe Rondon Flandoli.
[1] Lucas 2:10–11.
[2] Lucas 2:13–14.
[3] Lucas 2:26–32.
[4] Gentio é qualquer um que não seja judeu. Nos tempos de Jesus, a salvação estava disponível somente para os judeus, por causa da crença destes no único Deus verdadeiro, o Deus de Israel, e à observância às Leis de Moisés. Os gentios, de uma maneira geral, não podiam ser salvos a menos que se convertessem ao judaísmo. Todos que não eram judeus eram chamados gentios. A morte de Jesus tornou a salvação possível para todos.
[5] Romanos 10:13–14.
[6] Romans 10:15 NKJV.
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