Bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus.—João 3:2
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Jesus uniu esplendidamente os extremos em Seu ministério terreno, trazendo equilÃbrio e detalhes à verdade. Ele hipnotizou advogados, médicos e professores religiosos da época com Sua autoridade e argumentos imbatÃveis. Dizia-se que deixava os estudiosos maravilhados, mas o melhor é que “as pessoas comuns o ouviam com prazer”. Paulo, o rabino, Lucas, o médico, e Pedro, o pescador, compreenderam a realidade como jamais haviam compreendendido, quando Ele abriu as portas de suas mentes e corações para a verdade. ... Ele demonstrou o valor de cada indivÃduo; não ignorou o clamor do mendigo, o apelo interrompido do coxo e o vazio do homem rico ou do Fariseu instruÃdo.—Ravi Zacharias[1]
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Os ensinamentos de Jesus, apesar de grandes multidões em todo o mundo ainda não o conhecerem e muitos de Seus próprios seguidores nunca terem se importado ou ousado colocá-los totalmente em prática, têm um poder e um efeito que não podem ser comparados à influência de nenhum outro professor. Ele é único, o Grande Mestre. Os leitores dos Evangelhos não podem deixar de ficar impressionados com o tempo e o esforço que Jesus dedicou deliberadamente ao ministério do ensino. ... A caracterÃstica principal de todo o ensino de Jesus era sua espontaneidade e liberdade. …
E nunca nos esqueçamos que, embora Jesus fosse um mestre, um professor nato e um PrÃncipe dos Mestres, ele era muito mais que um professor. … Porque Ele próprio é muito mais do que os Seus ensinamentos; e não são os ensinamentos de Cristo que salvam, mas o Cristo que o ensina. ... Jesus não veio apenas para pregar o Evangelho, mas para que houvesse um Evangelho a ser pregado.—James Stewart[2]
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Podemos observar que o ensino do nosso Senhor, perfeito e impecável, não é transmitido de uma maneira sistemática, imutável ou infalÃvel como poderÃamos esperar ou desejar. Ele não escreveu nenhum livro. Temos apenas relatos, a maioria proferida de respostas a perguntas, moldados em algum grau pelo seu conteúdo. E quando reunimos tudo, não podemos reduzi-los a um sistema. Ele prega, mas não dá sermões no mau sentido. Ele usa paradoxo, provérbio, exagero, parábola, ironia; até (não quero com isto ser irreverente) “gracejos”. Ele comunica máximas que, como os provérbios populares, se entendidos com rigor, aparentemente se contradizem. Seu ensino, portanto, não pode ser apreendido apenas pelo intelecto, não pode ser “levantado” como se fosse um “assunto”. Se tentarmos fazer isso com ele, O consideraremos o mestre mais abstrato de todos. Ele quase nunca dava uma resposta direta a uma pergunta direta. Ele não será, tal como gostarÃamosm “fixado”. Tentar fazer isso é (novamente, não quero com isto ser irreverente) como tentar engarrafar um raio de sol.—C. S. Lewis[3]
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E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas.—Lucas 2:47
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E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.—Mateus 7:28–29
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Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.—Lucas 24:45
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E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?—Lucas 24:32
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A genialidade especial de [Jesus] como mestre e comunicador encontra-se nas Suas parábolas, que eram pequenas histórias vÃvidas, cada uma completa em si mesma. Usando o idioma e o imaginário da vida cotidiana, elas eram fácil e imediatamente compreensÃveis, e prendiam a atenção de pessoas simples e iletradas como nenhum tema mÃstico ou intelectual jamais teriam conseguido. (...) Elas nos dão a sensação, como mais nada consegue, de como era a vida para Jesus dois mil anos atrás; como Ele reagiu a pessoas e situações, o que chamou Sua atenção e Lhe interessou. Ninguém deixa de assimilar o contador das histórias; por trás das parábolas percebe-se uma mente perceptiva, muitas vezes irônica, e brilhantemente criativa. …
O próprio Jesus insistiu que o que Ele tinha a dizer seria mais compreensÃvel para os simples do que para os sofisticados, e que para entendê-lO era necessário tornar-se como uma criancinha.—Malcolm Muggeridge[4]
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Embora Jesus ensinasse com autoridade, Ele nunca foi arrogante, moralista, dogmático e tampouco forçava aceitação. Ao virarmos as páginas dos Evangelhos, um fato se sobressai continuamente: a paciência incrÃvel que Ele com os homens a quem teve que ensinar; Sua firme recusa em ditar-lhes, obrigá-los e dobrá-los à Sua vontade; Seu imenso respeito à s suas personalidades. …
O segredo de todo o ensino de Jesus a Seus discÃpulos foi “Já não os chamo servos… Em vez disso, Eu os tenho chamado amigos.”[5] … E não “Aqui está a verdade: aceite-a ou morra!” Mas sim, “Eu sou o caminho: viva Comigo e você o encontrará.” …
O grande princÃpio do ensino de Jesus é Sua intimidade e amor pelos que Ele ensinou. “Um espÃrito de amor”, disse Agostinho, “incendeia outro”, e esse foi e é o segredo máximo do sucesso divino de Cristo como mestre. Por causa do Seu espÃrito amoroso, os espÃritos de Seus alunos estavam continuamente em fogo, de modo que a lição naquela chama de amor mútuo não era uma disciplina sombria, mas alegria, romance e glória. …
Ele Se coloca ao lado de Seus irmãos. ... Ele os recebe com a fé que eles têm a oferecer. Ele Se contenta com isso para começar; e daà conduz adiante Seus amigos, como liderou o primeiro grupo, passo a passo, até ao segredo mais Ãntimo de quem Ele é, e à glória total do discipulado.—James Stewart[6]
Compilado por William B. McGrath. Publicado no Âncora em junho de 2020. anchor.tfionline.com
[1] Ravi Zacharias, The Real Face of Atheism (Grand Rapids: Baker Books, 2009), 113, 136, 142–143.
[2] James Stewart, The Life and Teaching of Jesus Christ (New York: Abingdon Press, 195?), capÃtulo 8.
[3] C. S. Lewis, Reflections on the Psalms (San Diego: Harcourt, 1958), 113.
[4] Malcolm Muggeridge, Jesus, the Man Who Lives, Parte 3.
[5] João 15:15, NVI.
[6] Stewart, The Life and Teaching of Jesus Christ, capÃtulo 8.
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