http://anchor.tfionline.com/pt/post/homens-da-montanha/
Introdução por Peter Amsterdam
David apresenta quatro princípios que se aplicam à nossa vida espiritual no simbolismo que usa ao falar de passarmos tempo na montanha, mas que também podem ser aplicados à nossa vida prática.
1. O princípio de estar a sós com Deus, em oração e meditação, estando quieto e permitindo ao Senhor Se comunicar com você. O simbolismo de conseguir ver a luz por muito mais tempo na montanha do que estando no vale. O custo pessoal de tomar este tempo, o esforço necessário, simbolizado pelo frio e o vento na montanha, mas também a recompensa, as coisas que você ouve ou vê enquanto está na montanha com Deus e que é excitante.
2. O princípio de retirar-se do barulho e agitação da vida, simbolizado pelo vale. A importância de não ficar demasiadamente envolvido nas atividades da vida, a ponto de esquecer o seu tempo na montanha, seu tempo com Deus, de se renovar e revigorar em espírito.
3. O princípio de perseverar em seguir o seu sonho, ou o seu chamado, ou qualquer coisa que ache que Deus está lhe mostrando que valha a pena fazer. -- Perceber o custo de escalar a montanha de seus sonhos, os sacrifícios que se faz muitas vezes para alcançar essas metas, o custo pessoal, mas também as recompensas de se lutar para consegui-las.
4. O princípio de pioneirar. Ter uma visão de fazer algo novo, fé para acreditar que pode ser feito, iniciativa para ir em frente e tentar, e a coragem, o ânimo e a dedicação para levar tal visão a cabo.
Ao longo da história, muitas coisas importantes aconteceram nas montanhas físicas. Acontecimentos importantes podem acontecer na sua história se você aprender os princípios de passar tempo na montanha do espírito. Seja um homem da montanha!
*
Homens da Montanha
D. Brandt Berg
Picos das montanhas nunca têm muita gente. Escalei muitas montanhas e estava quase sempre sozinho. Por quê?
É trabalho duro
Não são muitas as pessoas que desejam escalar montanhas.
É solitário.
Tem de se renunciar a tudo para o fazer.
Pode lhe custar a vida.
Você ganha muitos arranhões e machucados.
Muito depois do vale se encontrar na escuridão, eu ainda conseguia ver o sol. Na montanha há mais luz. O vale está cheio de pessoas e coisas, mas geralmente na escuridão. A montanha é ventosa e fria, mas emocionante.
Você tem que sentir que realmente vale a pena morrer por aquilo! Qualquer montanha -- a montanha desta vida, das realizações, dos obstáculos, das dificuldades -- se for escalá-las, elas terão que valer a pena dar sua vida, encarar o vento, o frio e a tempestade, que simbolizam as adversidades.
Mas na montanha, sozinhos, sentimo-nos tão perto do Senhor! Aí a voz do Seu Espírito é tão alta, que é quase como se trovejasse! No vale, a voz da multidão é tão ruidosa que não se consegue ouvir a voz de Deus. O silêncio no pico da montanha é ensurdecedor! Fica-se realmente "eufórico" no cume de uma montanha! É emocionante! É quase aterrador!
Apenas pioneiros sobem montanhas -- pessoas que querem fazer algo que nunca ninguém fez -- pessoas que querem ultrapassar a multidão -- para além do que já foi feito e realizado. Os pioneiros têm de ter visão -- para verem o que mais ninguém vê; fé -- para acreditarem no que mais ninguém acredita; iniciativa -- para serem os primeiros a tentar; coragem -- estômago para o conseguirem!
Na montanha somos os primeiros a ver o sol nascer e os últimos a vê-lo pôr-se! Vemos o círculo completo da gloriosa criação de Deus! Vemos o mundo na sua perspectiva correta, com cordilheira após cordilheira para ser conquistada e um mundo para além do horizonte do homem vulgar. Vemos cumes distantes ainda por escalar! Vemos vales distantes ainda por atravessar. Vemos coisas que os homens nos vales nunca podem ver. -- Não podem sequer compreendê-las, porque não as conseguem ver. E podemos ver a circunferência de 360° do horizonte inteiro -- tudo! É como ver a vida na sua totalidade desde o principio ao fim e compreender. Sentimos que se vive na eternidade.
O terreno do vale e o domínio do homem -- as terras altas são o domínio de Deus. O homem domina o vale -- só Deus domina a montanha, e os homens que lá habitam sabem disso. Mas os das montanhas vivem tão perto de Deus e de coisas tão assustadoras, terríveis e perigosas, que têm de viver próximos do Senhor.
*
Não há muitos lugares onde se possa viver na montanha -- pequenos abrigos toscos, choças. Não há muito que comer, é frio e ventoso, mas lá até morrer é emocionante. É melhor morrer na montanha do que viver no vale. Porque quem é que já leu no jornal a notícia do homem que escorregou e caiu numa rua da cidade? Contudo a notícia do homem que morre na montanha mesmo na longínqua Suíça -- pode ler-se nos jornais daqui! Porque, pelo menos, ousou tentar.
Caminhos batidos são para homens vencidos, mas os cumes das montanhas são para os valentes.
Nunca se ouve falar das pessoas que esperam para ver se é possível fazê-lo. Só se ouve falar das que conseguiram. Só se ouve falar das pessoas que ou fizeram ou morreram tentando. Nunca se ouve falar desses turistas esnobes, em algum lugar numa luxuosa pista de esqui. Só se ouve falar daqueles que ou conseguiram ou tentaram. Mas, quando conseguirmos, a boca de Deus vai se abrir para nós. Falará conosco cara-a-cara. Ele Próprio nos ensinará e revelará os Seus maiores segredos.
As maiores leis alguma vez dadas ao homem, pelas quais ainda se rege a maior parte do mundo civilizado, foram entregues a um homem que estava só numa montanha. O maior dos sermões jamais pregado foi dado a um punhado de homens da montanha pelo maior de todos os alpinistas, que finalmente subiu a Sua última montanha -- o monte Calvário -- o Gólgata, e morreu sozinho pelos pecados do mundo.2 Aquela era uma montanha que só Ele podia subir por você e por mim -- mas Ele foi!
O que ouvimos então na montanha? Coisas que vão ecoar por todo o mundo. O que ouvimos na quietude? Murmúrios que vão mudar o curso da história.
Oito pessoas desceram de uma montanha -- Noé e a sua família, da arca, no Monte Ararat -- e eles nunca mais foram os mesmos e o mundo também não.3 Um homem, Moisés, desceu de uma montanha, e uma nação inteira nunca mais foi a mesma, tendo mudado o mundo! Jesus e os Seus discípulos desceram daquela montanha e mudaram o mundo! Nunca mais foram os mesmos. E você? é um homem da montanha?
Originalmente publicado em dezembro de 1969. Compilado e republicado em novembro de 2010.
Lido por Peter Amsterdam.
1 Êxodo 24:12.
2 Capítulos de Mateus 5–7, 27:33–35.
3 Gênesis 8:1–17.
Introdução por Peter Amsterdam
David apresenta quatro princípios que se aplicam à nossa vida espiritual no simbolismo que usa ao falar de passarmos tempo na montanha, mas que também podem ser aplicados à nossa vida prática.
1. O princípio de estar a sós com Deus, em oração e meditação, estando quieto e permitindo ao Senhor Se comunicar com você. O simbolismo de conseguir ver a luz por muito mais tempo na montanha do que estando no vale. O custo pessoal de tomar este tempo, o esforço necessário, simbolizado pelo frio e o vento na montanha, mas também a recompensa, as coisas que você ouve ou vê enquanto está na montanha com Deus e que é excitante.
2. O princípio de retirar-se do barulho e agitação da vida, simbolizado pelo vale. A importância de não ficar demasiadamente envolvido nas atividades da vida, a ponto de esquecer o seu tempo na montanha, seu tempo com Deus, de se renovar e revigorar em espírito.
3. O princípio de perseverar em seguir o seu sonho, ou o seu chamado, ou qualquer coisa que ache que Deus está lhe mostrando que valha a pena fazer. -- Perceber o custo de escalar a montanha de seus sonhos, os sacrifícios que se faz muitas vezes para alcançar essas metas, o custo pessoal, mas também as recompensas de se lutar para consegui-las.
4. O princípio de pioneirar. Ter uma visão de fazer algo novo, fé para acreditar que pode ser feito, iniciativa para ir em frente e tentar, e a coragem, o ânimo e a dedicação para levar tal visão a cabo.
Ao longo da história, muitas coisas importantes aconteceram nas montanhas físicas. Acontecimentos importantes podem acontecer na sua história se você aprender os princípios de passar tempo na montanha do espírito. Seja um homem da montanha!
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Homens da Montanha
D. Brandt Berg
Picos das montanhas nunca têm muita gente. Escalei muitas montanhas e estava quase sempre sozinho. Por quê?
É trabalho duro
Não são muitas as pessoas que desejam escalar montanhas.
É solitário.
Tem de se renunciar a tudo para o fazer.
Pode lhe custar a vida.
Você ganha muitos arranhões e machucados.
Muito depois do vale se encontrar na escuridão, eu ainda conseguia ver o sol. Na montanha há mais luz. O vale está cheio de pessoas e coisas, mas geralmente na escuridão. A montanha é ventosa e fria, mas emocionante.
Você tem que sentir que realmente vale a pena morrer por aquilo! Qualquer montanha -- a montanha desta vida, das realizações, dos obstáculos, das dificuldades -- se for escalá-las, elas terão que valer a pena dar sua vida, encarar o vento, o frio e a tempestade, que simbolizam as adversidades.
Mas na montanha, sozinhos, sentimo-nos tão perto do Senhor! Aí a voz do Seu Espírito é tão alta, que é quase como se trovejasse! No vale, a voz da multidão é tão ruidosa que não se consegue ouvir a voz de Deus. O silêncio no pico da montanha é ensurdecedor! Fica-se realmente "eufórico" no cume de uma montanha! É emocionante! É quase aterrador!
Apenas pioneiros sobem montanhas -- pessoas que querem fazer algo que nunca ninguém fez -- pessoas que querem ultrapassar a multidão -- para além do que já foi feito e realizado. Os pioneiros têm de ter visão -- para verem o que mais ninguém vê; fé -- para acreditarem no que mais ninguém acredita; iniciativa -- para serem os primeiros a tentar; coragem -- estômago para o conseguirem!
Na montanha somos os primeiros a ver o sol nascer e os últimos a vê-lo pôr-se! Vemos o círculo completo da gloriosa criação de Deus! Vemos o mundo na sua perspectiva correta, com cordilheira após cordilheira para ser conquistada e um mundo para além do horizonte do homem vulgar. Vemos cumes distantes ainda por escalar! Vemos vales distantes ainda por atravessar. Vemos coisas que os homens nos vales nunca podem ver. -- Não podem sequer compreendê-las, porque não as conseguem ver. E podemos ver a circunferência de 360° do horizonte inteiro -- tudo! É como ver a vida na sua totalidade desde o principio ao fim e compreender. Sentimos que se vive na eternidade.
O terreno do vale e o domínio do homem -- as terras altas são o domínio de Deus. O homem domina o vale -- só Deus domina a montanha, e os homens que lá habitam sabem disso. Mas os das montanhas vivem tão perto de Deus e de coisas tão assustadoras, terríveis e perigosas, que têm de viver próximos do Senhor.
*
Não há muitos lugares onde se possa viver na montanha -- pequenos abrigos toscos, choças. Não há muito que comer, é frio e ventoso, mas lá até morrer é emocionante. É melhor morrer na montanha do que viver no vale. Porque quem é que já leu no jornal a notícia do homem que escorregou e caiu numa rua da cidade? Contudo a notícia do homem que morre na montanha mesmo na longínqua Suíça -- pode ler-se nos jornais daqui! Porque, pelo menos, ousou tentar.
Caminhos batidos são para homens vencidos, mas os cumes das montanhas são para os valentes.
Nunca se ouve falar das pessoas que esperam para ver se é possível fazê-lo. Só se ouve falar das que conseguiram. Só se ouve falar das pessoas que ou fizeram ou morreram tentando. Nunca se ouve falar desses turistas esnobes, em algum lugar numa luxuosa pista de esqui. Só se ouve falar daqueles que ou conseguiram ou tentaram. Mas, quando conseguirmos, a boca de Deus vai se abrir para nós. Falará conosco cara-a-cara. Ele Próprio nos ensinará e revelará os Seus maiores segredos.
As maiores leis alguma vez dadas ao homem, pelas quais ainda se rege a maior parte do mundo civilizado, foram entregues a um homem que estava só numa montanha. O maior dos sermões jamais pregado foi dado a um punhado de homens da montanha pelo maior de todos os alpinistas, que finalmente subiu a Sua última montanha -- o monte Calvário -- o Gólgata, e morreu sozinho pelos pecados do mundo.2 Aquela era uma montanha que só Ele podia subir por você e por mim -- mas Ele foi!
O que ouvimos então na montanha? Coisas que vão ecoar por todo o mundo. O que ouvimos na quietude? Murmúrios que vão mudar o curso da história.
Oito pessoas desceram de uma montanha -- Noé e a sua família, da arca, no Monte Ararat -- e eles nunca mais foram os mesmos e o mundo também não.3 Um homem, Moisés, desceu de uma montanha, e uma nação inteira nunca mais foi a mesma, tendo mudado o mundo! Jesus e os Seus discípulos desceram daquela montanha e mudaram o mundo! Nunca mais foram os mesmos. E você? é um homem da montanha?
Originalmente publicado em dezembro de 1969. Compilado e republicado em novembro de 2010.
Lido por Peter Amsterdam.
1 Êxodo 24:12.
2 Capítulos de Mateus 5–7, 27:33–35.
3 Gênesis 8:1–17.
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