Negócio dos submarinos militares que acabaram por nunca navegar no mar tornou-se na principal imagem da crise financeira da Grécia. As relações entre Grécia e Alemanha poderão conhecer um novo capítulo, depois do processo avançado pelos europeus do sul que pedem €7.000 milhões à poderosa nação de Angela Merkel. Em causa está o negócio da venda de 4 submarinos militares alemães que continuam nos estaleiros gregos ainda inacabados, quase 15 anos depois da sua encomenda.
O jornal britânico ‘Telegraph’ noticia que o governo da Grécia avança agora com um processo contra a alemã ThyssenKrupp Marine Systems, a mesma responsável pela manutenção do polémico submarino português Tridente, e a árabe Abu Dhabi Ma, as grandes empresas responsáveis pelo negócio que custou €3.000 milhões na compra dos 4 submarinos, veículos militares que nem fazem falta à Grécia.
Segundo consta do documento de 200 páginas enviado para o Tribunal Internacional de Justiça, os políticos gregos acusam os alemães de terem pressionado a sua nação a gastar enormes quantias de dinheiro em armamento, para posteriormente criticarem a nação de esbanjar milhões e milhões de euros.
Em 2013, o antigo Ministro da Defesa grego, Akis Tsochadzopoulos, foi preso depois de ser considerado culpado de ter aceitado subornos no valor de €8 milhões da empresa alemã Ferrostaal, empresa alemã também envolvida no negócio. Se achar que conhece este nome, não estranhe. É a mesma empresa condenada por corrupção no caso da venda dos submarinos a Portugal. Também no ano passado o polémico negócio da compra dos submarinos resultou no pedido de demissão do vice-comandante da Marinha grega.
Os 4 submersíveis estão no estaleiro de Skaramangas, e foram entregues à Marinha grega em março, apesar do negócio ter sido selado em 2000. Nessa altura, a alemã ThyssenKrupp comprou o estaleiro responsável pela construção dos equipamentos militares, tendo em 2002 vendido grande parte das ações à Abu Dhabi Mar. Com o agravar da crise mundial, este negócio tornou-se no símbolo perfeito da ruína económica da Grécia.
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