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Tuesday, August 28, 2012

Talvez não Seja para eu Saber


Phillip Martin

Durante toda a minha vida adulta eu usei listas de afazeres, de tudo o que precisava fazer, e sempre fui muito guiado por realizações. Eu me orgulhava de saber o que fazer, de ter 20 itens na minha lista por ordem de prioridade e as três coisas mais importantes grifadas, marcadas com um círculo ou escritas em negrito. Quando estava na cidade cuidando de diferentes assuntos, eu parava aqui e ali e ia marcando as coisas “menos importantes” que fazia enquanto seguia adiante para as coisas “mais importantes”. Alguns anos atrás, até criei o meu próprio planejador diário. Era um cartão pequeno, de bolso, impresso em cartolina. Levo sempre comigo e uso um para cada dia. Nos últimos anos tenho usado esses cartões nos meus seminários de gerenciamento de tempo.

Passo grande parte do meu tempo de descanso com caneta e planejador em mãos fazendo anotações de tarefas e diferentes pensamentos que me vêm à mente. Normalmente eu marcava tudo por ordem de prioridade para o dia, ansioso por começar a realizar as tarefas. Para mim, cumprir o meu plano para o dia era uma grande parte do tempo junto com o Senhor.

Muitos de nós conhecemos a história da folha de papel em branco:

A maioria dos cristãos está interessada em fazer Deus ouvir o que eles têm a dizer em vez de ouvirem o que Ele quer lhes dizer. Querem promover o seu projeto e fazer Deus assinar em baixo. Certa vez ouvi alguém dizer, “Você está disposto não a apresentar o seu programa a Deus para Ele assinar, nem receber o programa de Deus para você assinar, mas assinar uma folha de papel em branco e deixar Deus preencher, sem você sequer saber o que Ele vai colocar ali?”[1]

No meu caso, eu não estava forçosamente tentando promover o que eu queria para Deus assinar em baixo, nem assinei uma folha de papel em branco, mas esperava ansiosamente “receber o programa de Deus” para estudar, fazer uma lista de prioridades, aprovar, assinar e Lhe devolver para Ele “assinar uma bênção” para o meu dia.

Mas, um tempinho atrás, deu um curto-circuito no meu modus operandi. Sem querer me permiti envolver em uma situação em que era humanamente impossível realizar tudo o que precisava. As minhas listas de afazeres diárias eram longas demais e com muitas variáveis. As prioridades eram muitas, e também o estresse. Eu estava exausto fisicamente por causa do estresse mental e da alta temperatura na ocasião. Só conseguia levantar de manhã, prostrar-me diante do Senhor e pedir para o Seu poder e força me ajudar a sobreviver o dia.

Sentia-me avassalado pelos afazeres. As ondas e os vagalhões assolavam a minha embarcação e a única coisa que eu podia fazer era me segurar. A situação era impossível, na verdade, eu não conseguia pensar em uma lista de afazeres nem pedir uma ao Senhor. Só queria estar pertinho dEle. Instintivamente eu sabia que só Ele satisfaria a minha alma atribulada e faria o meu barco atravessar a tormenta em segurança. Só a Sua presença poderia acalmar a tempestade e me dar paz de espírito, tranquilidade, e dissipar a ansiedade. Foi nesse ponto que vivenciei o poder de João 15, de permanecer na videira. Jesus disse, “Eu sou a videira, vós os ramos; aquele que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim NADA podeis fazer.”[2]

Não sei explicar, mas foi algo como a salvação, eu nasci de novo. Era como se o meu espírito deixasse de afogar e começasse a boiar. As escamas caíram dos meus olhos e, pela primeira vez, “vi” que Jesus não quer saber da minha lista de afazeres nem quer ser o autor de tal lista. Ele quer que eu me entregue totalmente a Ele, permaneça nEle, seja alimentado pela seiva vivificante da Sua Palavra para então poder “fazer tudo por meio de Cristo que me fortalece.”[3] Ele quer fazer tudo, e só Ele tem condições disso. Basta a mim Lhe dar carta branca. A mim cabe amar Jesus, permanecer na Sua palavra e estar cheio do Seu Espírito vivificante e poderoso (a seiva). Até o próprio Jesus admitiu que por Si mesmo nada podia fazer.[4] Se Ele não conseguia, quem sou eu para achar que vou conseguir ou que Ele sequer espera isso de mim?

Chegar a esse ponto foi como entrar em um novo mundo, um novo plano de poder ilimitado. As situações começaram a se “encaixar”. Obstáculos aparentemente insuperáveis se desvaneceram e dissiparam. Conforme parei para ouvir Jesus e lançar sobre Ele os meus fardos, Ele foi resolvendo todos os meus problemas. Às vezes, exausto fisicamente e estressado mentalmente, recolhia-me ao meu quarto para descansar e “colocar nas mãos de Jesus”. Eu não tinha condições de fazer nada, e Ele nunca falou!

Ainda tenho ou faço a minha lista de afazeres, mas não com tanta intensidade. A minha prioridade passou a ser ter contato com Jesus. Fazer “a lista” pode ser uma distração se for mais importante do que se aproximar de Deus. Depois que toquei Jesus, a “lista” surge do nada, e se não tiver uma lista, também não forço a barra. Apenas permaneço em Jesus, e se a lista vem por inspiração, ótimo, se não, não tem problema. Minhas prioridades mudaram. Às vezes, depois de passar tempo com Jesus, vejo que tenho mais uma coisinha na lista, então faço, mas sem pressão, e Ele me revela e orienta passo a passo. Muitas vezes, Ele me mostra para fazer algo que, aparentemente, “não terá muitas consequências”, mas conforme faço Ele me lembra de algo mais premente ou importante.

Muitas vezes é no sossego, naquele momento de “silêncio sagrado” que ouço os mínimos sussurros na minha alma e que são importantes para o Senhor. Aprendi que se encher minha cabeça e espírito com meus próprios pensamentos não vou ouvir e talvez deixe de fazer algo importante para Deus.

Um outro fruto ruim de agir com base apenas na minha lista de prioridades é que os meus dias, como uma mala, estavam abarrotados. Logicamente eu sempre colocava as “pedronas” primeiro, mas, na realidade, não deixava espaço para as coisas “não essenciais” que o Senhor talvez quisesse incluir no meu dia, ou novos fatores que Ele poderia acrescentar à equação. Agora, como não tenho mais tanto estresse para realizações, fico muito mais aberto aos “imprevistos” que Deus coloca no meu caminho, como, por exemplo, parar para testemunhar para alguém que encontro, ou encorajar alguém, sabendo que se Deus permite situações assim, então para Ele são prioridade e também devo priorizar isso e deixar os “meus planos” por conta dEle, para Ele cuidar do assunto.

Portanto, minha dica para se organizar? David disse já em 1971: “Se realmente quer aprender a se organizar, ore e deixe Deus guiar a sua vida.”

No meu caso, gostaria de mudar uma pequena palavra: “Se realmente quer aprender a se organizar, permaneça em Deus e deixe Ele guiar a sua vida”.

“Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim. Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa.”[5]

Se permanecermos nEle, seremos Seus discípulos, nossas obras darão muito fruto, teremos plena alegria no cumprimento das tarefas, Ele nos dará para fazer e fará por nós o que pedirmos. E a cereja no bolo é que Jesus vai nos amar e chamar de amigos.

“Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno.”[6]

Tradução Hebe Rondon Flandoli. Revisão Denise Oliveira.


[1] David Brandt Berg, Maio de 1971.

[2] João 15:5.

[3] Filipenses 4:13.

[4] João 5:30.

[5] João 15:4,5,7,8,11.

[6] João 15:9,10,14.

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