Joyce Suttin
No final de cada ano, dedico um tempo para fazer avaliações. Sendo professora aposentada, tenho a tendência de dar notas a mim mesma pelas minhas realizações. Penso na lista do ano passado e vejo o que deixei de fazer, se era importante ou apenas algo que podia ser ignorado. É um momento apropriado para fazer algumas novas listas do que desejo realizar no ano seguinte. Ao olhar cada ponto da lista do que faço toda semana, percebo que algumas coisas precisam ser removidas, ou porque perdi o interesse por elas, ou porque se tornaram ineficazes, ou porque os tempos mudaram e simplesmente não são mais necessárias.
Tenho lido sobre saúde mental para idosos, e a coisa mais importante para manter uma mente afiada é a mudança. Embora cultivar bons hábitos seja importante, fazer o mesmo dia após dia, semana após semana, mês após mês, até que se torne quase automático, não é a melhor maneira de impedir que a mente se solidifique e torne-se lenta.
Durante anos, acordei cedo, andei de dois a três quilômetros e me senti bem com meu exercício. Mas, no ano passado comecei a frequentar uma academia que era gratuita por conta do meu seguro e comecei a fazer diferentes aulas. No começo eu ia umas duas vezes por semana, depois percebi o quanto essas aulas eram boas para mim e acrescentei mais. Elas exigiam que eu aprendesse toda uma nova gama de habilidades, seguisse instruções e fizesse mudanças frequentes na rotina. Percebi que o que me faltava no exercício era estar aberta a mudanças.
Ao examinar e “avaliar” meu ano passado, lembrei-me de um termo que descobri, “tipo árvore de Natal”, quando ajudava um dos meus netos a se preparar para um teste importante e a ler as recomendações. Ao fazer testes de múltipla escolha, neste caso com três respostas possíveis, se o aluno não concluir o teste e o tempo estiver se esgotando, os especialistas recomendam que você comece a selecionar as respostas aleatoriamente. Dessa forma, o aluno teria 30% de chance de obter a resposta correta em vez de deixar em branco. (“Tipo árvore de Natal” é uma expressão definida no Dicionário Urbano como “preencher um teste de múltipla escolha aleatoriamente, tal como se coloca bolas na árvore de Natal.”[1])
Então, ao observar meu ano passado, comecei a me perguntar se eu não teria feito alguns dos meus testes “tipo árvore de Natal”. Em vez de estudar, orar, buscar respostas no Senhor e esperar por Sua direção, será que não presumi que tinha 30% de chance de fazer a vontade de Deus se acelerasse rapidamente pelas respostas apenas para passar no teste? Eu continuava a levar a sério o processo de aprendizado ou estava presa numa rotina na maneira de fazer as coisas? Eu me tornei vítima de hábitos ineficazes e estava na hora de algumas mudanças significativas em minha vida? Será que era hora de rever alguns de meus hábitos espirituais também, assim como eu havia reformulado meu exercício físico?
Estou tomando um tempo estes dias antes do ano novo para encontrar as respostas de Deus para algumas das perguntas da minha vida. Não estou presumindo que Ele queira que eu continue na vidinha de sempre. Se forem necessárias mudanças, exatamente que mudanças Ele deseja que eu faça? O que tenho feito que não é mais eficaz? Quais são os pontos essenciais da minha lista de metas para o próximo ano e como devo cumpri-las? Não vou fazer suposições nem tentar adivinhar as respostas. Vou esperar até saber aonde o Senhor está me guiando e que mudanças Ele está me pedindo. Neste próximo ano estou determinada a me esforçar para estar aberta a todas as mudanças que o Senhor tiver para mim e esperar que Ele dê uma resposta clara para que eu possa acertar.
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