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Viver em Democracia é ter o direito de escolha. O direito de escolher ser ou não vacinado. Quando um Estado de Direito Democrático pondera impor a obrigatoriedade de vacinação ou de um passaporte para poder circular livremente ou poder trabalhar, deixa de ser um Estado livre e democrático e passa a ser um Estado autoritário e ditatorial. Não deixa de ser curioso que é o partido que se arroga ao direito de invocar a luta pela Liberdade e pela Democracia, que tenta impor estas ideias autoritárias e que, num passado recente, marcaram o período mais negro da história da Humanidade.
A União Europeia, como é notório, tem falhado no plano de vacinação. Vejamos que os contratos de milhões assinados com as indústrias farmacêuticas, não estão disponíveis para consulta pública e soubemos recentemente pela própria União Europeia que se esqueceram de colocar uma data de entrega do material e isso, tem permitido que as industrias possam atrasar-se e falhar com os Estados-membro da União Europeia.
Em Portugal, a vacinação começou mal, com a ganancia, o compadrio e a corrupção ao nível do pior que poderíamos ter, o “salve-se quem puder”. Aqueles que deveriam transmitir confiança, segurança e ser quem deveria ser e dar o exemplo, foram os primeiros a arrebatar-se às vacinas e ou a vacinar os seus familiares e amigos. O descrédito das instituições e do próprio Estado. Em boa hora Francisco Ramos, apresentou a demissão. Era a única saída possível depois de tantos escândalos.
Mais recentemente, quase que como numa luta titânica de laboratórios, assistimos incrédulos à suspensão da vacina da “AstraZeneca” por suspeitas de episódios de trombose. A verdade é que a vacina da “Pfizer” também registou um número elevado de episódios trombóticos e esta não foi suspensa. O que nos permite rapidamente deduzir que isto mais não foi que uma tentativa de pressão ao laboratório e ao Reino Unido, que recentemente abandonou a União Europeia. Quase que em forma de desculpa, dias depois, assistimos à Ministra da Saúde a dizer que a vacina da “AstraZeneca” nunca esteve suspensa, esteve em pausa. Palavra que se não fosse sério, dava para rir. Mas infelizmente é sério porque estas manobras políticas apenas transmitem insegurança e criam na comunidade o sentimento de desconfiança das vacinas. Sentimento esse que depois destes episódios infelizes, é legitimo e permite-me levar ao ponte seguinte, o passaporte.
Temos assistido a um grande debate em torno do passaporte e do passe de livre circulação. Há quem queira impor em Estados livres e democráticos a sua obrigatoriedade para podermos voltar a uma espécie de normalidade. Para além do plano jurídico-constitucional, que me levantam muitas dúvidas na possibilidade de implementação de tal obrigatoriedade, coloca-se o plano humano e a decisão pessoal. Em Democracia e Liberdade, tenho o direito a escolher ser ou não vacinado. Claro que ao direito à liberdade também me assiste a obrigação da responsabilidade. Mas é, efectivamente, um direito que tenho. Isto para não falar de que eu jovem não faço parte dos critérios actuais de vacinação e naturalmente que não posso ser discriminado ou impedido de viver livremente. Seja por falta de vacinas para todos ou pela decisão de não ser vacinado. Aos democratas, como eu, compete a obrigação de lutar pela defesa da liberdade de ser ou não vacinado. Portugal, nos últimos tempos tem vivido episódios autoritários e ditatoriais e esta tentativa de obrigar a que pessoas livres e a viver num Estado Livre e Democrático sejam vacinadas, é mais um passo no perigoso caminho de implementação de uma ditadura.
Este é um tema que dava para dizer muita coisa, mas como não quero cansar o leitor, quero só deixar um último ponto de reflexão. A ciência não tem até ao momento certezas sobre nada e também não tem sobre a fiabilidade e duração dos anticorpos, ora, até que ponto é legítimo usar cidadãos como cobaias neste jogo experimental sem certezas. Para mim não só não é legítimo como tenho a liberdade e o direito a escolher se quero ou não ser cobaia. E eu, em Democracia e na Liberdade que me assiste, não quero. Não sou negacionista e não sou anti-vacinas, todavia, tenho o direito a escolher ser vacinado apenas numa fase em que a ciência e a medicina tenham mais certezas, como a durabilidade da vacina que me querem obrigar a levar. Obrigar não cabe no léxico da Liberdade e é por isso que acho que estamos a dar passos no caminho do perigo.
Diogo Reis, Vogal da Direcção Política Nacional do RIR – Reagir Incluir Reciclar
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