Os céus manifestam a glória de Deus! - Salmo 19

 

Salmo de Davi para o cantor-mor ¶     Comentários por Dennis Edwards

19:1 Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.

² Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.

³ Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes

⁴ em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo.

Abraham Lincoln comentou: “Posso ver como seria possível um homem olhar para a terra e ser ateu, mas não consigo conceber como é que um homem poderia olhar para os céus e dizer que Deus não existe”. Emmanuel Kant, o filósofo alemão (1724-1804), escreveu: “Duas coisas enchem a minha mente de admiração e espanto sempre novo e crescente, quanto mais frequentemente e mais seriamente reflito e me concentro nelas: o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim.”

O Apóstolo Paulo escreveu: “Porque as coisas invisíveis d’Ele desde a criação do mundo são claramente vistas, sendo compreendidas pelas coisas que são criadas, sim, o Seu eterno poder e Divindade; para que fiquem inescusáveis”, Romanos 1:20.

No livro mais antigo da Bíblia, o livro de Jó, encontramos Jó a dizer: “Mas pergunta agora aos animais, e eles te ensinarão, e às aves do céu, e elas te dirão: ou fala à terra, e isso te ensinará; e os peixes do mar te anunciarão. Quem não sabe em tudo isto que a mão do Senhor operou isto? Em cujas mãos está a alma de todos os seres vivos e o sopro de toda a humanidade.” Jó 12:7-10

Por outras palavras, Jó está a dizer: vai estudar o reino animal e eles ensinar-te-ão, ou os pássaros e eles dir-te-ão, ou no teu estudo de geologia, ele te ensinará, ou no teu estudo dos peixes do mar, eles vos declararão: que é a mão de Deus que criou todas as coisas e é a Sua mão que mantém vivos o homem e o animal. Como se lê no salmo: “Sabei que o Senhor Ele é Deus: foi Ele quem nos fez, e não nós mesmos”, Salmo 100:3a.

O apóstolo Paulo, em sua defesa aos Atenienses, explica quem é o “Deus desconhecido” que eles adoram. “Deus que fez o mundo e todas as coisas nele, visto que Ele é o Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos; nem é adorado por mãos de homens, como se precisasse de alguma coisa, visto que Ele dá a todos a vida, e o fôlego, e todas as coisas. E fez de um só sangue todas as nações dos homens para habitarem sobre toda a face da terra, e determinou os tempos antes designados e os limites da sua habitação; para que busquem o Senhor, se por acaso O procurarem e O encontrarem, embora Ele não esteja longe de cada um de nós, pois n’Ele vivemos, nos movemos e existimos." Atos 17:24-28a.

 

⁴  pôs uma tenda para o sol,

⁵ que é qual noivo que sai do seu tálamo e se alegra como um herói a correr o seu caminho.

⁶ A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso, até à outra extremidade deles; e nada se furta ao seu calor.

Isaac Newton foi outro cuja meditação sobre as esferas celestes chegou à seguinte conclusão: “O ateísmo é tão sem sentido. Quando olho para o sistema solar, vejo a Terra à distância certa do Sol para receber as quantidades adequadas de calor e luz. Isto não aconteceu por acaso.”

Deus deu-nos amplas razões para acreditar. O nosso estudo da ciência deveria conduzir-nos a Deus, e não afastá-lo d’Ele. O cientista de foguetões Wernher von Braum disse: “As minhas experiências com a ciência levaram-me a Deus. Desafiam a ciência a provar a existência de Deus. Mas será que devemos mesmo acender uma vela para ver o sol?”

Até Einstein, embora não fosse teísta, chegou à mesma conclusão: “as leis da natureza manifestam a existência de um espírito muito superior ao dos homens, e perante o qual nós, com os nossos modestos poderes, nos devemos sentir humildes”.

⁷ ¶ A lei do SENHOR é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.

No livro de Hebreus 4:12, encontramos: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas. e é um discernidor dos pensamentos e intenções do coração.” A palavra de Deus dá-nos discernimento e ajuda-nos a decifrar a verdade da falsidade.

Salmo 119:98-100 disse, ⁹⁸ ¶ Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo. ⁹⁹ Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. ¹⁰⁰ Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.

⁸ Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e alumia os olhos.

É conhecer e seguir a palavra de Deus que nos ilumina a mente. A Sua palavra é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho, Salmos 119:105. O apóstolo Paulo diz-nos que “o deus deste mundo cegou o entendimento dos incrédulos”, 2 Coríntios 4:4a. Acreditar na palavra de Deus ilumina as nossas mentes. Rejeitar a palavra de Deus torna-nos cegos. Santo Agostinho raciocinou, portanto, que deveríamos procurar acreditar que poderíamos compreender adequadamente, em vez de procurar compreender para acreditar. A crença em Deus ilumina o nosso entendimento para que possamos compreender adequadamente. Sem Deus como nossa suposição inicial, o nosso raciocínio é fútil. Como ensinam as Escrituras: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento”, Provérbios 1:7a.

⁹ O temor do SENHOR é limpo e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.

¹⁰ Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.

Até os juízos de Deus devem ser vistos como bênçãos. O Senhor diz que são mais doces que o mel e mais desejados que o ouro. Tudo o que Deus permite nas nossas vidas deve ser visto através das lentes de Romanos 8:28: “Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”, e 1 Tessalonicenses 5: 18, “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” Se filtrarmos todas as nossas experiências de vida através do crivo destes dois versículos, proibiremos a amargura e a negatividade de entrar nas nossas vidas e manteremos um relacionamento correto com Deus e com os outros.

^.11 Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.

¹² Quem pode entender os próprios erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.

Não podemos realmente compreender todos os nossos erros. O nosso orgulho faz com que fiquemos cegos para muitos dos nossos próprios erros. Devemos pedir a Deus que nos purifique e nos ajude a obter a vitória sobre os nossos pecados secretos. O inimigo quer usar estes pecados secretos como forma de abrir um buraco no nosso dique espiritual, para que possa inundar as nossas vidas com as suas mentiras e destruir a nossa fé e testemunho de Deus. Não brinque com pecados secretos. Resista ao diabo e ele fugirá de si. Peça oração. Um pode perseguir mil, mas dois podem pôr em fuga dez milhares, Deuteronómio 32:30.

¹³ Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim;

Os pecados presunçosos são pecados de orgulho.

A Bíblia diz que a raiz de todo o pecado é o orgulho. É a nossa rebelião contra Deus, o nosso orgulho, que nos leva a pecar e a fazê-lo à nossa maneira. Como resultado, tornamo-nos “sangrentos, mas inflexíveis”. Acabamos na amargura e longe de Deus.

^13b então, serei sincero e ficarei limpo de grande transgressão.

A grande transgressão é a incredulidade ou descrença. Pois Deus deu-nos amplas razões para acreditar, mas os homens “suprimiram a verdade pela injustiça”, Romanos 1:18b. “Porque, quando conheceram a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe agradeceram; Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”, Romanos 1:21-22.

Blaise Pascal (1623-1662) nos seus pensamentos filosóficos Pensées escreveu: “[Deus] quis tornar-se bastante reconhecível por aqueles; e assim, disposto a aparecer abertamente àqueles que O procuram de todo o coração, e a esconder-se daqueles que fogem d’Ele de todo o coração, Ele regula de tal modo o conhecimento de Si mesmo que deu sinais de Si mesmo, visíveis para aqueles que O procuram, e não para aqueles que não O procuram. Há luz suficiente para aqueles que apenas desejam ver, e obscuridade suficiente para aqueles que têm uma disposição contrária”.

¹⁴ Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, rocha minha e libertador meu!

Efésios 4:29 - Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. Eclesiastes 5:2 - Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma na presença de Deus; porque Deus está no céu, e tu estás sobre a terra; portanto sejam poucas as tuas palavras. Tiago 3:13 - Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria. 

Que as nossas palavras e pensamentos sejam do nosso Redentor que nos deu a vitória sobre o mal. Ele é a nossa força, a nossa rocha e por Ele podemos fazer todas as coisas e ter vitória sobre o inimigo. “Vós sois de Deus, filhinhos, e já os vencestes, porque maior é Aquele que está dentro de vós, do que aquele que está no mundo." 1 João 4:4 “Tudo posso naquele que me fortalece”, Filipenses 4:13.