Ser Amigo

Uma compilação

O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade.—Provérbios 17:17[1]

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Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo. —1 Tessalonicenses 5:11[2]

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O apóstolo Paulo revela que a essência da verdadeira amizade cristã é estar presente para o outro. Começamos a nos assemelhar a Cristo quando começamos a desejar fazer o bem a outros. No mundo difunde-se a ideia de “cada um por si”, mas Cristo estabeleceu um padrão diferente para Seus seguidores. Toda vez que temos contato com alguém devemos pensar: “O que posso fazer por esta pessoa? Como posso lhe ser útil? Como posso fazer algo de bom para ela, ajudá-la, consolá-la e fortalecê-la?” Devemos estar sempre prontos para sermos gentis e amorosos com todo ser humano que encontramos. Pode ser que ela não precise de nós... mas quem sabe? E se ela precisar? Não devemos deixar de ajudá-la como for possível.

Nós não sabemos como muitos que encontramos durante o dia precisam de nós. Talvez a necessidade não se evidencie por meio de algo que desperte compaixão. Talvez passemos anos sem encontrar alguém ferido na calçada. Mas existem outras necessidades tão reais quanto essas e até mais trágicas. Existe pessoas angustiadas que precisam de encorajamento para não desfalecerem. Existem pessoas que estão passando por tentações, vacilantes, quase desmoronando. Existem pessoas carregando um fardo de tristeza clamando por consolo. E existem as que sentem sede de amor.

Sempre existem oportunidades de ajudar, e o mundo só precisa de pessoas prontas para atender a cada anelo por amor. ...Devemos ter um alto conceito de amizade e da missão de ser amigo, sempre lembrando que o cristão é representante de Cristo no mundo. E Ele quer estender a mão a outros por meio de nós. Ele deseja derramar a Sua graça no coração de outro por meio do nosso coração. Não existe privilégio maior no mundo do que ser amigo. Quando Deus coloca no nosso caminho alguém dessa maneira tão sagrada, devemos elevar o coração a Ele em reverência e reconhecer, com gratidão, a honra que nos foi conferida. Devemos também pensar da responsabilidade que essa confiança coloca sobre nós. Para aqueles que vêm a nós em busca de amor e confiança, contando com nossa ajuda e consolo, com a bênção que podemos dar, nós representamos Cristo. Assim se dirigiu uma pessoa a alguém que Deus lhe enviou:

“Do amor de Deus esta foi a mais doce demonstração;
Apenas Ele pode nos enviar tal consolação;
E expressou Seu grande amor para comigo
Enviando você, meu fiel amigo!”

Se você for enviado por Deus para ser amigo de alguém, imagine o significado de desempenhar tão nobre papel. Como você vai agir para com aquele que precisa de forças, encorajamento, inspiração e ajuda? Como você pode contribuir para enriquecer a vida dessa pessoa? Como você pode oferecer ternos toques que vão embelezar a alma que descansa à sombra que a sua amizade oferece?—J. R. Miller[3]

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Uma amizade é um relacionamento. Bons relacionamentos fazem valer a pena viver, pois é por meio deles que crescemos como pessoas, aprender a confiar e amar, e nos tornamos aquilo que fomos criados para ser. Por isso um elemento muito importante para ser um guia na amizade é construir um relacionamento com a pessoa.

Como então começar a construir grandes relacionamentos para poder guiar dentro da amizade?

A minha primeira sugestão é aprender a encorajar as pessoas. Pense na última vez que alguém o elogiou. Você não ficou repassando as palavras na sua mente e saboreando cada uma?

Com certeza. O encorajamento encoraja!

Pense na maneira como você se sente quando as pessoas lhe dizem, por exemplo:
“Foi fantástico. Você se saiu otimamente bem.”
“Puxa, eu jamais conseguiria fazer isso. Você é bom nesse negócio!”
“Muito obrigado. Com a sua ajuda foi tudo super tranquilo.”
“Olha, o seu desempenho melhorou cem por cento.”

Esse tipo de elogio não o faz sentir bem? Você pode encorajar as pessoas simplesmente salpicando palavras como essas por onde passa.

É fácil encorajar alguém. Basta pensar em algo bom, animador ou proveitoso para dizer. — E diga.—John C. Maxwell e Mark Littleton[4]

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É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! E se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém, manter-se aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade. —Eclesiastes 4:9–12[5]

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Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro. —Provérbios 27:17[6]

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O Senhor está nos guiando cada vez mais ao tipo de testificação em que existe reciprocidade na relação entre as pessoas. Para isso é preciso construir uma relação de confiança e amizade, por assim dizer, de modo que ambas contribuem de alguma forma. É uma relação construída mais no princípio de “Vamos nos ajudar mutuamente segundo nossas necessidades. Quero participar da sua vida como você participa da minha. Quero aprender com você, e se eu for amigo de verdade, você talvez também queira aprender comigo”.

Em alguns sentidos, interagir com carinho e amor é natural para nós. Na vida de serviço ao Senhor aprendemos que Ele quer que nos dediquemos. No entanto, interesse sincero pelas pessoas exige tempo, esforço, oração e atenção constante. Tempo é precioso, e quando demonstramos estar dispostos a dedicar nosso tempo a outrem, isso causa um grande impacto na pessoa — quer se trate de tempo em oração, ou para receber uma mensagem do Senhor, ou escrever uma recomendação, ou pensar como lhe demonstrar apreço ou ajudá-la de maneira prática. Não importa o que o Senhor lhe mostre para fazer, não vai passar despercebido.—Maria Fontaine[7]

Publicado no Âncora em outubro de 2013. Tradução Hebe Rondon Flandoli.


[1] ESV.

[2] ESV.

[3] The Lesson of Love (London: Hodder & Stoughton, 1903).

[4] Leading as a Friend (Nashville, TN: Tommy Nelson, 2001).

[5] ESV.

[6] ESV.

[7] Originalmente publicado em junho de 2012.