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Monday, June 22, 2015

Superando Dúvidas… E Se…

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Michael Licona

Dr. Craig,

Qual o melhor conselho que o senhor pode oferecer para alguém superar dúvidas e questionamentos do tipo “e se”? Essa é a minha maior batalha. Encontro um argumento convincente, mas depois fico pensando, “mas e se...”. O que me joga de volta à estaca zero. Sei que isso se deve em parte ao medo que tenho de me entregar ao cristianismo e descobrir que errei. Está relacionado ao orgulho, porque eu ficaria arrasada. Já passei por isso quando minha fé foi abalada. Mas sei que jamais chegarei a uma conclusão se ficar sempre questionando “e se”. Como faço para superar isso? Outros talvez achem muito simples, basta parar de questionar. Mas quem já passou por um medo muito forte sabe que é muito difícil ter essa atitude. Então, para aqueles como eu que sofrem da síndrome do “e se”, qual deve ser o próximo passo?—Amanda, EUA
Dr. Craig responde:

Às vezes convido um palestrante para responder a uma pergunta sobre a qual ele já estudou. Recentemente, Michael Licona falou para a minha classe Defenders sobre Dúvida, por isso, Amanda, pedi a Mike para cuidar da sua pergunta. Acho que vai perceber que vocês dois são bem parecidos! Ele deu a seguinte resposta:

Eu entendo a situação dessa “duvidadora”, pois eu tenho mania de questionar já tirando conclusões. Parece que questiono tudo! Não quero tomar decisões erradas nem em questões de pouca importância, então é normal eu ficar em dúvida sobre decisões relativas a questões de grande porte. Não é um exercício intencional. Na verdade, fico frustrado com essa minha atitude. Mas é assim que sou.

Por causa disso, já duvidei da minha fé cristã muitas vezes. Às vezes chegou ao ponto de eu quase renegá-la. Já me perguntei se sofri lavagem cerebral… “Será que não consigo pensar de maneira objetiva porque fui ensinado a acreditar? E se eu estiver errado?" Eu tenho a paz que Paulo menciona ser uma confirmação interior do Espírito de Deus de que pertenço a Cristo.[1] [Mas] como discernir se a minha paz realmente procede de Deus? É uma pergunta difícil. E, para ser sincero, ainda não sei a resposta.

Graças a Deus, quando comecei a ter dúvidas na década de 80, um professor de Filosofia entendeu a minha situação porque ele também já tinha passado por isso. Eu não tive aula com Gary Habermas na Liberty University, já que ele lecionava no departamento de Filosofia, e eu fazia um curso de estudos do Novo Testamento. Mas Habermas me ajudou muitíssimo a entender dúvida e como lidar com ela. A seguir apresento um conjunto de pensamentos de Habermas e meus. E tenho uma boa notícia para quem batalha contra dúvidas: É possível lidar com dúvidas tomando estas quatro atitudes certeiras.

Ação Nº1: Reconheça que é normal ter dúvidas. Abraão encontrou-se com Deus, que lhe informou que teria um filho que daria início a uma grande nação. No entanto, quando Abraão corria perigo, ele mentiu para salvar o seu pescoço, mesmo sabendo que a promessa de Deus de lhe dar um filho ainda não se tinha cumprido.[2] Pensaríamos que ele confiaria que Deus o salvaria. Mas, em vez disso, ele mentiu, e Deus acabou intervindo para ele conseguir recuperar sua esposa, Sara, que tinha sido levada justamente por causa da mentira que Abraão contou. Avancemos oito capítulos, e Abraão está diante da mesma situação. Mas desta vez, sabendo que podia confiar na proteção de Deus, sem ter que assumir o controle da situação e mentir. Olha, não aconteceu assim. Abraão duvidou da promessa de Deus novamente, e repetiu o erro. Mentiu para o rei que, como Faraó, levou Sara para o seu harém, e Deus precisou intervir de novo.[3] No entanto, Abraão se tornou um homem de grande fé, cujo nome consta na Galeria da Fama da Bíblia.[4] Na verdade, se existe um MVP (Jogador mais Valioso) na Galaria da Fama, é Abraão.

João Batista era primo de Jesus. Ambos nasceram sob circunstâncias milagrosas. No futuro João viria a batizar Jesus e veria o Espírito Santo descer sobre Ele, ao mesmo tempo em que uma voz vinda do Céu confirmava a Sua posição. Mais tarde João foi preso, e durante esse período enviou alguns dos seus discípulos para perguntarem a Jesus se Ele era realmente o Messias ou se deviam esperar outra pessoa. Uáu! Como João podia fazer essa pergunta se já tinha ouvido a história do nascimento milagroso tanto dele como de Jesus, além dos sinais divinos que lhe foram revelados ao batizar? João sentiu-se abandonado na prisão, o que causou uma dúvida de caráter emocional. Ele conhecia a evidência, mas a vida não estava transcorrendo como ele esperava. Na verdade, a situação estava bem desagradável naquele momento. E Jesus sabia disso. Ele disse aos discípulos de João para voltarem a ele e contarem os milagres que tinham visto Jesus fazer, milagres que se esperava do Messias.[5] Depois que os discípulos se foram, Jesus virou-Se para a multidão que O fitava intensamente. O que Ele diria para aquelas pessoas que tinham acabado de ouvir que o Seu companheiro de ministério estava tendo dúvidas?

Que fostes ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento? Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que se trajam ricamente estão nas casas dos reis. Mas, então, que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta; porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista.[6]

Veja que Jesus não repreendeu João por duvidar, pelo contrário, providenciou evidências, o encorajou e elogiou dizendo que não havia ninguém maior – e sabendo que João batalhava contra dúvidas.

Se Abraão e João Batista passaram por essa experiência de dúvida apesar de terem o favor do Senhor, parece que Deus entende a nossa constituição emocional e tem paciência conosco. Muitos cristãos jamais duvidam. No entanto, para os que passam por isso é reconfortante saber que estamos em boa companhia, com pessoas como Abraão e João Batista. Duvidadores não são cidadãos de segunda classe no reino de Deus!

"Cara! Vai ver que funciona para quem ouviu Deus falar e viu os milagres de Jesus. Mas pra mim não ajuda muito, porque nunca vi nenhum milagre.” Entendo, mas até agora eu só disse que o primeiro passo é lidar com a dúvida: Reconhecer que é normal duvidar.

Ação Nº2: Reconhecer que existe evidência fidedigna a favor do cristianismo. Não podemos entrar em uma máquina do tempo e voltar ao passado para testemunharmos os milagres de Jesus, no entanto, dispomos de sólida evidência histórica comprovando o maior dos Seus milagres, a ressurreição. Gary Habermas mais do que ninguém entende bem desse assunto. Poderiam dizer, “Entre aqueles nascidos de mulher, nenhum conhece melhor a evidência da ressurreição de Jesus do que Gary Habermas."

Se Jesus ressuscitou, o cristianismo sem dúvida é verdadeiro. “Mas”, você pode questionar, “a ressurreição está relatada na Bíblia. Como vou saber se a Bíblia é verdadeira? Será que devo aceitar puramente por fé?" Na primeira visita ao professor Habermas, ele me ofereceu uma sinopse em ordem cronológica da evidência história da ressurreição de Jesus. Foi um consolo saber que tal evidência existe. Mas, devo admitir, havia falhas na explicação. A evidência não me deu 100% de garantia. Mas Habermas não se preocupou. A Ciência também não comprova nada cem porcento. Investigação científica e histórica só nos leva até um certo ponto. Precisamos procurar a melhor explicação com base nos dados disponíveis e aceitarmos uma certeza razoável ou até certo ponto adequada, assim como agimos em relação a todas as grandes decisões na vida. O resto fica no campo da fé, e isso se aplica a qualquer visão de mundo, tanto de cristãos como de judeus, muçulmanos, hindus, budistas ou ateus. Mas a ressurreição de Jesus é incomparável, em termos de fortes evidências confirmando sua ocorrência. [Obs.: Veja o link no final do artigo para um e-livro grátis de Habermas.]

Ação Nº3: Reconheça que certeza absoluta é uma expectativa irracional: Algumas pessoas vivem com fé sem jamais duvidar. Isso é otimo. Mas alguns de nós fomos criados de maneira que somos incapazes de ter essa atitude. Alguns anos atrás, tive um momento “iluminado” que mudou minha vida. Percebi que a minha fé é apenas uma das muitas coisas que questiono. Eu duvido de muitas decisões muuuuuuuiiiito tempo depois de tomá-las. É uma mania de infância que eu detesto. Não me refiro apenas a decisões importantes, como, por exemplo, casamento. Às vezes, eu me vejo reconsiderando, re-reconsiderando, e re-re-reconsiderando decisões sem muita importância, como, por exemplo, algo que comprei, quer um relógio, quer um carro ou um perfume. Só reconhecer essa atitude ajudou-me sobremaneira a entender por que duvido. Fui criado assim. Para mim, a certeza absoluta é uma expectativa irracional. Portanto, estou aprendendo a viver satisfeito com um certo grau de certeza.

Ação Nº4: Reconheça que a fé é mais do que um sentimento ou a falta de dúvida. É um compromisso. Certo homem veio a Jesus e pediu que Ele curasse seu filho possesso. Ele acreditava (afinal de contas, foi ele quem procurou Jesus), mas pediu a Jesus para ajudá-lo com a sua incredulidade.[7] Ele dependia de Jesus para curar o seu filho. Pedro caminhou sobre as águas e começou a afundar quando ficou com medo das ondas e duvidou.[8] No entanto, Pedro é que estava fora do barco enquanto os outros observavam. Para o seguidor de Cristo, fé é confiar em Cristo, e só nEle, para a salvação. Ser um seguidor de Cristo significa que, diante de uma decisão moral, eu sigo pelo caminho ensinado por Jesus. ... obedeço a Jesus porque acredito nEle. Posso ter dúvidas persistentes, mas é a fé que vence e determina a minha conduta na vida de fé. Como o irmão de Jesus escreveu, “Mostre sua fé sem obras e eu lhe mostrarei a minha fé pelas minhas obras."[9]

Resumindo, estas são as quatro ações para lidar com dúvidas:
Reconhecer que é normal duvidar.
Reconhecer que existe evidência sólida comprovando a verdade do Cristianismo.
Reconhecer que a certeza absoluta é uma expectativa irracional.
Reconhecer que fé é mais do que um sentimento ou falta de dúvida. É um compromisso.

Pode ser muito bom para o leitor interessado ler mais sobre lidar com dúvidas no livro online de Gary Habermas The Thomas Factor: Using Your Doubts to Draw Closer to God.(O Fator Tomé: Usar as Dúvidas para se Aproximar de Deus.)

Para ler uma defesa cronológica e abrangente da ressurreição de Jesus, veja o meu livro mais recente, The Resurrection of Jesus: A New Historiographical Approach. (A Ressurreição de Jesus: uma Nova Abordagem Historiográfica.)

Site Reasonable Faith,
http://www.reasonablefaith.org/site/News2?page=NewsArticle&id=9333
Publicado no Âncora em junho de 2012.
Tradução Hebe Rondon Flandoli. Revisão Denise Oliveira.

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