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Eu estava começando a sentir pena de mim mesmo. Estava na arquibancada assistindo ao jogo de futebol da minha filha enquanto os pais atrás de mim não paravam de rir e conversar. No desenrolar do jogo, eles não paravam de falar sobre as coisas grandiosas que haviam feito, as casas que tinha comprado, as férias que desfrutaram, as diferentes aulas que seus filhos faziam. Um até mesmo falou do seu lindo e reluzente Corvette amarelo que estava estacionado meio que escondido ali perto.
A vida deles parecia muito boa. Parecia melhor do que a minha, se eu fosse comparar. Pensei no quanto deve custar fazer uma viagem cada ano para o Caribe. Pensei no quanto não custaria ter uma cozinha nova. Pensei na diferença entre ter um segundo carro tipo sedan para a família e razoável, e ter um segundo carro só para aventuras. E por um instante quis aquilo. Eu queria tudo aquilo.
Mas a minha festinha de comiseração patética só durou um instante antes de me acordar. O quanto aquilo tudo custava era a generosidade. Pelo menos é o caso com a maioria das pessoas que conheço. As doações para a igreja, os cheques para os missionários, as doações para os ministérios, o dinheiro que é dado discretamente à pessoa que precisa—tudo junto é capaz de somar o valor de umas férias a mais. Junte tudo e provavelmente terá o suficiente para reformar a cozinha este ano em vez de ter que esperar mais cinco anos, ou comprar um carro mais novo ou até um segundo carro. Os cristãos que conheço escolhem ter um estilo de vida mais simples para aumentar suas doações.
E acho que esse é o poder duradouro e reconfortante que Randy Alcorn chama de princípio do tesouro: Você não pode levar consigo, mas pode enviar adiante. O dinheiro não vai sumir ou ser mal usado. É simplesmente redirecionado para um novo tipo de investimento. “Se dermos em vez de guardarmos, se investirmos no que é eterno em vez de no temporário, juntamos tesouros no céu que nunca deixarão de render dividendos. O que quer que guardemos na terra ficará para trás quando partirmos. Quaisquer tesouros que tenhamos no céu estará reservado para nós quando chegarmos.” Quando nos dedicamos a este tipo de generosidade vemos que há grande alegria tanto agora como depois.
Não tem como competir com tudo o que os outros fazem se você se comprometeu a ser um generoso radical, e acho que é assim que Deus pretende que seja.—Tim Challies[1]
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Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.—Mateus 6:19–21[2]
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As Escrituras defendem claramente que seremos recompensados, tanto nesta vida como na próxima, por fazermos o que Jesus nos pede — apesar de serem difícil. Talvez o fato de ser tão difícil tenha algo a ver com a recompensa que recebemos de Deus por fazê-las.
Então, duas razões para fazermos essas coisas difíceis são, uma, porque Deus disse que deveríamos, e outra, porque seremos recompensados—aqui e depois. Então vamos dar uma olhadinha nas recompensas que receberemos depois.
O que estou para dizer pode soar um tanto voltado para o dinheiro, mas acho que vai ajudar a esclarecer esse ponto.
Imagine que para cada vez que você demonstrar amor ou gentileza a alguém, fossem depositados 100 euros na sua conta. Ou que cada vez que você testemunhar para alguém, aparecerem 500 euros na sua conta. E se emprestasse dinheiro sem esperar recebê-lo de volta, mas recebesse o dobro do que emprestou na sua conta? Ou se cada vez que virasse a outra face um cheque fosse depositado?
Se isso acontecesse, não ia parecer tão difícil fazer o que Jesus disse, não é?
Nós vamos viver para sempre. É sábio investir no futuro. — Mesmo se for difícil.—Peter Amsterdam.
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A vida—a verdadeira vida—não consiste das coisas que se possui, absolutamente, porque coisas não podem verdadeiramente nos satisfazer. Elas podem satisfazer seu corpo momentaneamente, mas nunca satisfarão a alma que clama a Deus pela alegria, felicidade e realização eterna que só Ele pode dar.
Se você acha que coisas o satisfarão, basta olhar para os ricos que não conhecem Deus. Eles têm tudo, e ainda assim falta algo. As coisas deste mundo podem satisfazer seus corpos, mas não seus corações. E quando satisfazem seus corpos, ainda assim essas pessoas não ficam felizes por muito tempo, porque a carne nunca é suficiente. As coisas não podem satisfazer as necessidades do espírito. Só Deus pode fazer isto.
A vida, como Jesus ensinou, é mais do que as coisas. Na verdade, não importa quantas coisas você tem. O que conta é o que você tem por dentro—amor, alegria e verdadeira felicidade no seu coração, e paz de espírito. A maior riqueza de todas está à sua disposição, basta pedir. A coisa mais valiosa que você pode ter é Jesus, e Ele é a chave para tudo o mais![3]—David Brandt Berg
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Viver para este momento é sempre muito mais fácil do que viver para a eternidade. Vocês estão presos à Terra, em frágeis corpos humanos, e é difícil ver além das circunstâncias. Querem se divertir, receber reconhecimento imediato e desfrutar o momento.
Mas bem-aventurados são aqueles que vivem, trabalham e investem no mundo eterno, no amanhã, Me servindo, Me amando, e vivendo por Mim. É um trabalho pelo qual nem sempre se colhe resultados imediatos ou notáveis, mas é um trabalho que está sendo edificado e que vai durar para sempre, do qual se orgulhará por toda a eternidade. É um legado infindável de amor e doação do qual nunca se arrependerá.—Jesus, falando em profecia
Publicado no Âncora em dezembro de 2015.
[2] NVI.
[3] Romanos 8:32.
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