O reavivamento é possível? - Capítulo 40

 

O reavivamento é possível?

Publicado originalmente em inglês a 03/2016.

 Dennis Edwards

Agora, voltemos ao nosso estudo mais vasto e à semelhança entre a América de hoje e o antigo Israel. Durante o reinado de Josias, filho de Manassés, dá-se um reavivamento com a descoberta de

o Livro da Lei na casa do Senhor [2 Reis 22:8]. E aconteceu que, quando o rei ouviu as palavras do Livro da Lei, rasgou as suas vestes [2 Reis 22:11].

E assim começa um reavivamento e um regresso às Palavras do Senhor, com o rei a liderar o caminho. O rei ordena uma limpeza do Templo de todos os falsos deuses.

E matou os sacerdotes idólatras, que os reis de Judá tinham constituído para queimarem incenso nos altos nas cidades de Judá e nos lugares ao redor de Jerusalém; também eles que queimaram incenso a Baal, ao sol, à lua, aos planetas e a todo o exército do céu [2 Reis 23:5]. … E derrubou as casas dos sodomitas que estavam junto da casa do Senhor[2 Reis 23:7].

Novamente, vemos que o arrependimento e o regresso a Deus fazem com que o rei destrua as casas dos sodomitas em Jerusalém, adjacentes à casa do Senhor. A sodomia tinha sido politicamente correta sob o governo do seu pai, e os sodomitas exerciam um poder e influência consideráveis, dado que as suas casas eram “perto da casa do Senhor”. Mas Josias posiciona-se contra a sodomia.

Estará a comunidade homossexual, com o seu lobby gay, a exercer uma influência excessiva sobre o nosso governo, a nossa indústria do entretenimento e até as nossas instituições religiosas, ao ponto de aceitarmos o casamento gay e permitirmos que os casais gays adotem crianças? Deus está satisfeito com as decisões que tomamos? Será que nos desviámos do caminho e estamos a fazer o que o Senhor nos alertou para não fazer?

Ai daqueles que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que trocaram as trevas por luz, e a luz por trevas; que põem o amargo no doce e o doce no amargo! [Isaías 5:20]

Josias interrompeu também a adoração a Moloch:

que ninguém podia fazer passar o seu filho ou a sua filha pelo fogo diante de Moloch [2 Reis 23:10].

A adoração a Moloch com o seu sacrifício de crianças, como já observámos anteriormente, era semelhante às clínicas de aborto do homem moderno. Ao oferecerem o seu filho a Moloch, os falsos sacerdotes prometeram-lhe bênçãos materiais e riquezas.

Somos filhos de Deus, não um petisco para Moloch. O aborto é um sacrifício infantil moderno.

Muitos dos abortos modernos ou sacrifícios de crianças por nascer ocorrem por causa dos potenciais problemas financeiros que a futura criança pode causar. Por isso, sacrificamos ou abortamos a criança que ainda não nasceu. Chamamos-lhe convenientemente “feto”, para que inconscientemente não sintamos que estamos realmente a matar uma pessoa. O sacrifício que fazemos é ao Deus do Materialismo, porque ter filhos é caro e preferimos manter um certo estatuto financeiro ou aliviar a sociedade de ter de cuidar do fardo dos pobres que parecem sempre produzir prolificamente.

Como a pílula do dia seguinte mata o seu bebé.

Temos ainda a “pílula do dia seguinte”, que facilita e limita o número de abortos. O aviso no pequeno papel branco dentro da caixa de comprimidos alerta o utilizador para os perigos para a saúde. Estes comprimidos devem ser utilizados apenas uma vez a cada seis meses, embora tenha lido um artigo online que afirma que pode tomá-los quantas vezes quiser, sem quaisquer efeitos secundários conhecidos. Uma jovem amiga minha de um país do sul da Europa contou-me que as raparigas tomavam estes medicamentos como se fossem aspirinas, uma ou duas vezes por fim de semana. O jornal de hoje disse que houve um aumento de 30% nas vendas da “pílula do dia seguinte”, o que provocou uma diminuição dos abortos.

Império Babilónico

 Curiosamente, quando pesquisei sobre Moloch, descobri que os babilónios não praticavam sacrifícios de crianças na sua religião. Eram panteístas e usavam o ocultismo, mas não praticavam sacrifícios de crianças. [1]

Por isso, eram mais justos aos olhos de Deus do que Israel. Israel adotou o comportamento atroz dos cananeus, que Deus ordenou aos israelitas que suplantassem. Repetidamente nas escrituras vemos o ódio do Senhor pela matança de sangue inocente. Deus até chamou a Nabucodonosor a sua navalha [Ezequiel 5:1-4].

A purificação de Josias continua.

                                                                                                                                                    E matou todos os sacerdotes dos altos que ali havia, sobre os altares [2 Reis 23:20]. E Josias expulsou os que praticavam a adivinhação, os feiticeiros, as imagens, os ídolos e todas as abominações que se espiavam na terra de Judá e em Jerusalém, para cumprir as palavras da Lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote achara na casa do Senhor [2 Reis 23:24]. E antes dele não houve rei semelhante a ele, que se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças, segundo toda a lei de Moisés; e depois dele não surgiu ninguém semelhante a ele. Contudo, o Senhor não se desviou da ferocidade da sua grande ira, com a qual a sua ira estava acesa contra Judá, por causa de todas as provocações com que Manassés o tinha provocado [2 Reis 23:25-26]. E também pelo sangue inocente que derramou; porque encheu Jerusalém de sangue inocente; que o Senhor não perdoaria [2 Reis 24:4].

Deus odeia as mãos que derramam sangue inocente!

 Poderá o sangue inocente de que o Senhor está a falar ser o sangue das crianças oferecidas em sacrifício? Que sangue poderia ser mais inocente do que o de uma criança? Desde a decisão do Supremo Tribunal de 1964 que legalizou o aborto, mais de 50.000.000 de crianças ainda não nascidas perderam a vida só nos Estados Unidos.

Pode Deus esquecer o derramamento de sangue destes pobres inocentes? Em Jerusalém Ele não pôde. Perdoará a América e outras nações do mundo por pecados semelhantes? Acho que não. Como o Senhor disse a Jeremias:

Antes de te ter formado no ventre, Eu te conheci; e antes que saísses do seio materno, Eu te santifiquei, e às nações te fiz profeta [Jeremias 1:5].

 Por outras palavras, somos filhos de Deus desde o momento da conceção. Além disso, as advertências de Deus da boca de Jeremias não eram apenas para o Israel de outrora, mas para todas as nações, mesmo as de hoje, até mesmo a América.

Após a morte de Josias em batalha, está escrito:

E todo o Judá e Jerusalém prantearam Josias [2Crónicas 35:24]. E Jeremias lamentou-se por Josias; e todos os cantores e cantoras falaram de Josias nas suas lamentações até hoje [2Crónicas 35:25].

Devemos notar que, embora a nação se tenha arrependido por causa do efeito de um rei justo, o arrependimento durou pouco tempo e a nação depressa caiu novamente nos seus maus caminhos. [Para continuar a ler os dois capítulos seguintes, clique no link]

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Notas:

[1] http://www.jewishencyclopedia.com/articles/10937-moloch-molech